Belém PA - A greve no Banco da Amazônia entra para o 17º dia nesta quinta (16) e hoje foi mais um dia em que os bancários e bancárias deram exemplo do bom combate. Na lateral da matriz ouviram atentamente aos informes das entidades sindicais e principalmente a necessidade de fortalecer ainda mais o movimento nas vésperas da audiência de conciliação marcada para amanhã (17) às 14h30 no Tribunal Superior do Trabalho em Brasília.
“Esperamos demonstrar na primeira audiência de conciliação no TST que a truculência e autoritarismo imperam nas atitudes do banco desde o início da greve. Sempre nos dispusemos em negociar e fizemos diversas contrapropostas de consenso entre as entidades, porém o banco sequer respondeu; preferiu manter as filmagens e os e-mails para assediar os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o diretor jurídico do Sindicato e empregado do banco, Cristiano Moreno.
Em contrapartida aos bons exemplos do funcionalismo, o banco continua dando os maus, de enfraquecer o movimento e forçar os empregados a voltarem ao trabalho. A mais recente investida do banco, após ajuizamento do dissídio, foi o pedido de tutela antecipada para declarar a greve abusiva, o que foi negado pela justiça.
“Esse banco é um misto de má vontade e incompetência em negociar. Com todas essas atitudes, o banco vem provocando a política do desestímulo entre os seus empregados que ainda são considerados culpados, pelo próprio banco, pelo não atingimento das metas; que eles em greve trazem prejuízos à instituição. Ora a lógica é simples, se estão em greve é porque estão insatisfeitos e está nas mãos do banco a medida para fazê-los retornarem às atividades de livre e espontânea vontade mediante a uma proposta decente”, afirmou o diretor da Contraf-CUT que participa das mesas de negociação específica, Miguel Pereira.
A diretora da CUT-PA, Vera Paoloni, também prestou solidariedade aos bancários do Banco da Amazônia e também lembrou que desde o dia da posse do atual presidente, a Central nunca teve resposta de um ofício entregue em mãos à presidência.
“No dia da posse de Valmir Rossi, nós estávamos aqui, parabenizamo-lo e entregamos o nosso pedido de uma reunião para discutir a distribuição do FNO e a liberação do crédito à Fetagri. A única coisa que tivemos até agora foi o silêncio desse senhor que é um presidente que não respeita a Amazônia e os trabalhadores de uma forma em geral. Não queremos mais funcionários do Banco do Brasil mandando no Banco da Amazônia, eles só tem piorado a situação do funcionalismo a cada dia que passa. Fora Valmir”.
Quem também aguarda uma resposta oficial de um documento encaminhado ao banco no início da semana pedindo a retomada das negociações é o Sindicato dos Bancários. “Ao invés de o banco responder formalmente às entidades, assim como nós fizemos, a instituição respondeu aos trabalhadores através de um comunicado interno. Uma falta de respeito ao movimento e também às entidades que representam o funcionalismo. Quero mais uma vez parabenizar esses empregados e empregadas de luta e de coragem. Vamos juntos até a vitória”, destacou o vice-presidente da Fetec-CUT/CN que também é empregado do banco, Sérgio Trindade.
Fonte: Bancários PA