Por Rondineli Gonzalez - Seeb/Rondônia
(Porto Velho-RO) - A agência do Itaú localizada na esquina das ruas Dom Pedro II com José de Alencar, no Centro de Porto Velho, teve o atendimento atrasado em duas horas (das 8 às 10 horas) por conta do protesto realizado por sindicalistas contra a onda de demissões que vem ocorrendo no banco em todo o país.
O manifesto fez parte do dia de luta promovido por todos os sindicatos do Centro/Norte do Brasil e o objetivo principal é levar a conhecimento público a nefasta política de demissões instituída pelo Itaú desde sua fusão com o extinto Unibanco, em 2008.
“De lá para cá mais de 20 mil pais e mães de famílias já foram demitidos por este que é o banco que, nos últimos anos, mais lucra no país”, explicou José Toscano, diretor jurídico do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e funcionário do banco.
Para o dirigente o Itaú, além de não fazer nada para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, ainda desvaloriza e maltrata seus funcionários, especialmente os que têm mais de 10 anos de carreira na instituição financeira.
“Estes são o maior alvo do banco, pois eles são demitidos e substituídos por funcionários novos que ganham a metade do salário destes desligados para fazer o mesmo serviço. Além do mais o Itaú impõe metas inatingíveis e, assim, promove a pressão, o assédio moral e, consequentemente, o adoecimento dos trabalhadores. Não é a toa que o banco vem sendo derrotado em vários Estados em ações judiciais de assédio moral e dano coletivo”, acrescentou Toscano.
Para o presidente do SEEB-RO, José Pinheiro, o Itaú anda na contramão da economia brasileira e do seu próprio desenvolvimento, já que, por ser o banco que mais lucra, continua demitindo. Somente em 2013 foram 2.734 funcionários demitidos no país e a consequência disso é o aumento das filas e a demora no atendimento.
“O Itaú não se importa com os funcionários e muito menos com os clientes e usuários pois, mesmo com lucros recordes, não contrata e ainda demite, o que compromete ainda mais o atendimento ao público que já é precário. Para piorar o banco ainda quer retirar as portas giratórias – o que é obrigatório em lei – e até os vigilantes das agências, colocando em risco a segurança de trabalhadores, clientes e funcionários”, dispara Pinheiro, que acrescenta ainda que, mesmo com o lucro estratosférico o Itaú nᆪo dá sua contrapartida social. “O banco poderia estar promovendo campanhas de doações ou até mesmo doando parte desse lucro para as centenas de famílias desabrigadas pelas enchentes no Estado, mas isso é utopia”, conclui o presidente.