Brasília - Depois de uma greve de 7 dias, os bancários e bancárias conquistaram reajuste de 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos e 12,2% no vale-refeição. Após pressão da categoria, os bancos incluíram na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o compromisso de que "o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho".
“O fim da greve não encerra nossa luta em defesa dos bancários. Continuamos mobilizados e batalhando pelos direitos da categoria. E, para manter nossas estratégias em todas as instâncias, precisamos da colaboração dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.
O desconto assistencial foi aprovado em assembleia geral da categoria no dia 6 de agosto, após a realização da 16ª Conferência Nacional dos Bancários. A decisão de proceder o recolhimento autorizou a diretoria do Sindicato a não economizar nos gastos para organização da Campanha Nacional 2014.
Bancários aprovam estratégias de luta e mobilização
Ao longo da Campanha Nacional 2014, o Sindicato realizou uma série de atividades, entre reuniões nos locais de trabalho, assembleias, encontros de delegados e seminários por segmentos de bancos, o 1º Congresso Regional dos Funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal da Região Centro Norte, bem como enviou delegados à 16ª Conferência Nacional dos Bancários em julho, em São Paulo, onde ocorreram os congressos específicos por bancos.
Além disso, houve investimentos significativos para montar a infraestrutura da greve e das atividades de campanha, como aluguel de equipamentos de som, comunicação, palco, banheiros químicos, tendas, veículos de transporte, contratação de prestadores de serviços e de mensageiros, telemarketing, gráfica, alimentação, combustível e todo tipo de material de divulgação e propaganda de esclarecimento para a categoria e para a população: anúncios nas emissoras de rádio e televisão, faixas, adesivos variados, cartazes, panfletos, jornais, carros e caminhões de som e músicos para ações de convencimento e manifestações.
Com a assinatura da convenção coletiva da Fenaban e dos acordos específicos com o BB, Caixa, HSBC e Banco do Nordeste nesta segunda-feira (13), a diretoria do Sindicato decidiu efetuar o recolhimento do desconto assistencial em folha de pagamento. O percentual de desconto será de 1% (um por cento) sobre o salário bruto. A contribuição será recolhida de todos os bancários, sindicalizados ou não, de bancos públicos e privados.
Oposição ao desconto
O Sindicato estipulou o período de 14 a 27 de outubro para quem quiser fazer oposição à cobrança do desconto assistencial. Os bancários que não concordarem com o desconto devem comparecer pessoalmente, neste período, à sede do Sindicato (EQS 314/315 – Bloco A – Asa Sul), das 9h às 18h, trazendo obrigatoriamente o crachá ou qualquer documento com foto que comprove o número da matrícula funcional do banco. O bancário deve entregar uma carta (em duas vias) se opondo ao desconto. Nela deve constar nome completo, banco, matrícula funcional com dígito, prefixo da lotação e o nome da dependência. Esses dados são exigidos pelo próprio banco e são de responsabilidade do requerente. Não será aceita solicitação por terceiros.
Fonte: SEEB/BRasília - Da Redação