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14 de Outubro de 2014 às 23:00

15/10/2014 - Apesar da ameaça de ajuizamento de dissídio, banrisulenses mantêm greve


Crédito: Seeb Porto Alegre 
Assembleia em Porto Alegre decide pela manutenção da greve

As ameaças feitas por parte da diretoria do Banrisul, que comunicou a imprensa nesta terça-feira (14) de que as negociações com os bancários se esgotaram e que ajuizou o dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, não foram suficientes para amedrontar os banrisulenses. Tanto que em assembleia realizada no Clube do Comércio, os trabalhadores de Porto Alegre e Região, por ampla maioria, decidiram manter a paralisação que já dura 15 dias. Nesta quarta-feira (15), os funcionários do Banrisul promovem nova assembleia, no mesmo local, a partir das 15h.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários), Everton Gimenis, afirmou que o ajuizamento do dissídio, caso se confirme, é um retrocesso nas relações entre o banco e os trabalhadores. "Somos totalmente contra essas formas intransigentes de se acabar com uma greve, que é justa, autêntica e legal. Entendemos que uma Campanha Salarial deve ser resolvida por meio da negociação. Quando o Banrisul tenta por fim à greve na Justiça, todos perdemos", disse.

A diretora de Comunicação do SindBancários e funcionária do Banrisul, Ana Guimaraens, lembrou que a greve se estendeu durante 15 dias porque os banrisulenses consideram a implementação do quadro de carreira como prioridade. "Passamos três anos discutindo o tema e entendemos que a proposta do banco de reativar a Comissão Paritária não contempla a reivindicação da categoria, de implementação imediata dos quadros", complementou.

Entenda o ajuizamento

- No ajuizamento, a decisão sobre qual vai ser o teor do Acordo Coletivo Específico de Trabalho será tomada pelo juiz designado.

- Após o banco solicitar e o Sindicato e a Federação serem informados do conteúdo do pedido, é preciso que tanto o banco quanto os representantes legais dos trabalhadores concordem em resolver o dissídio coletivo através de decisão judicial.

- A decisão não ocorre de um dia para outro.

- Enquanto a decisão não é tomada pela Justiça, a greve pode continuar.

- No caso dos sindicatos em que os trabalhadores decidiram aceitar a última proposta e sair da greve, a Justiça poderá ou não entender que esses sindicatos podem ficar fora da decisão judicial.

- A proposta que estará em jogo e que subsidiará a decisão dos juízes é a mesma apresentada pelo banco durante a audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, ocorrida na última sexta-feira (10).


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Porto Alegre e Fetrafi-RS

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