(Belém-PA) - As assembleias dos bancários e bancárias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e dos Bancos Privados realizadas na noite desta segunda-feira (14) no Sindicato dos Bancários do Pará - Seeb/Pará decidiram pela aceitação das propostas da Fenaban e específicas (no caso do BB e CEF) e encerramento da greve que hoje completou 26 dias no Estado.
A proposta dos bancos eleva para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e demais verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.
A nova proposta da Fenaban avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias, aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro - a partir da assinatura do acordo.
Ela inclui ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.
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A luta continua no Banpará e no Banco da Amazônia
Por outro lado, seguindo orientação do Sindicato dos Bancários do Pará, os bancários e bancárias do Banpará e do Banco da Amazônia consideraram as propostas específicas dessas instituições insuficientes e seguiram com o movimento de greve até conseguirem propostas que contemplem a categoria nesses bancos.
Banpará: A proposta colocada em mesa pelo Banpará na rodada realizada na manhã desta segunda-feira(14) trouxe avanços importantes, porém não contemplou em nível global, principalmente por não abonar os dias de greve, o que vem sendo praticado pelo banco ao longo dos últimos sete anos.
Banco da Amazônia: Já o Banco da Amazônia apresentou na última sexta-feira (11) uma proposta que não atende as demandas centrais dos empregados e empregadas do banco como PCS, Plano de Saúde, contratações dentre outras.
O Seeb/Pará enviará ofício à direção do Banco da Amazônia e do Banpará para informar oficialmente o resultado das assembleias e solicitar a continuidade das mesas específicas de negociação.
“Nossa categoria está de parabéns pela luta construída nesses 26 dias de greve. Tivemos avanços importantes em termos econômicos e sociais no Banco do Brasil, na Caixa e nos bancos privados, principalmente por termos garantido aumento real nos salários, elevação no piso, melhoria na PLR, além de avançosno combate ao assédio moral em todos os bancos. Mas nossa luta não acabou, pois estamos em busca de melhores acordos com o Banpará e o Banco da Amazônia, e temos certeza que a força da greve nesses bancos vai nos trazer as vitórias desejadas pela categoria”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
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Fonte: Bancários PA