Brasília - Representantes da CUT e de movimentos falaram sobre a organização da Marcha das Margaridas de 2015 e sobre os objetivos da manifestação, cujo foco principal é a proteção à mulher. A Plenária das Mulheres aconteceu no auditório Adelino Cassis, na sede da CUT-DF, na tarde desta terça-feira (14), e foi uma das etapas de preparação para a Marcha que acontecerá em Brasília nos dias 11 e 12 de agosto.

A Marcha das Margaridas é uma ampla ação estratégica das mulheres, que acontece a cada quatro anos em todo o país, para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. Promovida desde o ano 2000, inicialmente pela Contag, Federações e Sindicatos de Trabalhadoras Rurais, a Marcha se consolidou e se ampliou na luta contra a fome, a pobreza e a violência sexista.

A Secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT Brasília, Izaura Oliveira, ressaltou a importância da fase de preparação para a Marcha das Margaridas. “O desafio da CUT Brasília neste momento é colocar 2.500 CUTistas de Brasília na rua, fora as mulheres de outros estados e as não filiadas. Para isso, temos que divulgar a manifestação e fortalecer nossas bases”.

A secretária de Mulheres Trabalhadoras da Contag e coordenadora da Marcha das Margaridas, Alessandra Luna, observa que a Marcha não é um movimento exclusivo das trabalhadoras rurais. Ela destaca que a pauta principal do movimento é comum a mulher do campo e da cidade. “Infelizmente, nosso ponto de luta principal ainda é o enfrentamento à violência. Este é um grito unânime de socorro das mulheres deste país”.

Alessandra ressalta que um grande desafio das mulheres atualmente é colocar suas pautas de saúde, segurança e representatividade na agenda dos políticos. Segundo ela, a bancada extremamente conservadora do Congresso Nacional impõe dificuldades ainda maiores, priorizando a aprovação de medidas retrógradas e ignorando as pautas progressistas.

A secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Rosane da Silva, falou da importância de atos como a Marcha para combater o conservadorismo e a misoginia no Brasil. “A Marcha das Margaridas, além de defender seus objetivos principais – desenvolvimento sustentável, autonomia, justiça e igualdade – é uma oportunidade de demarcação política das mulheres no nosso país”.

Esteve na reunião a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira no Distrito Federal, Arlene Morais, para esclarecer o papel da Casa e informar sobre sua atuação na região. Segundo Arlene, o grande diferencial do estabelecimento é a integralidade dos serviços. “A gente conta com o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Delegacia de Mulheres, alojamento de passagem, apoio psicossocial e o extraordinário Programa de Autonomia das Mulheres”, disse a coordenadora.

A unidade, construída pelo Governo Federal, é a segunda a funcionar no Brasil. Qualquer atendimento ou visita à Casa, que fica na 608 norte, podem ser agendados pelo telefone: (61) 3224 6501.

Arrecadação

Qualquer pessoa pode contribuir para a Marcha das Margaridas acontecer. Dirigentes dos sindicatos filiados à CUT em todo o Brasil vão oferecer rifas aos trabalhadores, no valor de R$ 5,00. As rifas vão sortear nacionalmente um carro zero km e uma televisão de 32 polegadas por estado. Para complementar a arrecadação, a CUT Nacional também confeccionou camisetas oficiais da Marcha, que estão sendo vendidas a R$ 20,00 nas sedes da Central em todo o Brasil.

Fonte: CUT Brasília