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15 de Abril de 2014 às 17:20

15/04/2014 - Quanto vale uma vida? Bancos expõem segurança de funcionários e população


assalto a lotericaFuncionário foi agredido e morreu levou um tiro na cabeça  (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

(Brasília) - Até quando os funcionários e clientes vão pagar com a vida pelo descaso com a segurança nos bancos, que ao invés de abrirem novas agências, empurram seus clientes para os correspondentes bancários? Essa pergunta foi feita mais uma vez após a morte de um funcionário na lotérica da Caixa em Luziânia, Entorno do DF, que foi agredido e morreu após levar um tiro durante a tentativa de assalto na última sexta-feira (11).

A lotérica tem grande movimentação de dinheiro, mas não conta com vigilância, nem portas detectoras de metais, que impedem a entrada de objetos como armas de fogo. Essa falta de segurança nas lotéricas não cansa de ser denunciada pelo Sindicato, que cobra mais segurança de todos os bancos nas mesas de negociações e inclui a reivindicação nas Campanhas da categoria.

“Há um problema nas lotéricas que oferecem serviços bancários de maneira precária. Seus funcionários recebem muito menos que os bancários para fazer as mesmas atividades, não recebem treinamento e as condições de segurança são mínimas. Um dos resultados dessa falta de responsabilidade dos bancos é a exposição da vida de funcionários, clientes e usuários que ficam a mercê de bandidos sem nenhuma proteção”, destaca o diretor do Sindicato e empregado da Caixa Antonio Abdan.

A Caixa tem 24 mil unidades de serviços bancários no país, destes apenas 4 mil são agências bancárias e postos de atendimento. Esses números mostram que 20 mil unidades de atendimento não têm a obrigação de contratação de equipamentos de segurança, tais como portas giratórias e vigilância armada. 

A lotérica de Luziânia onde ocorreu a tentativa de assalto tinha apenas câmeras como equipamento de segurança, que não foi útil para inibir a ação dos bandidos e também não conseguiu identificar o rosto dos assaltantes. Essa é a terceira vez que lotérica é assaltada, duas delas só neste ano. Os criminosos conseguiram fugir e ainda não foram localizados.

“A segurança nas instituições financeiras não é uma questão apenas pública. As empresas devem ser responsabilizadas e zelar pela segurança de seus funcionários, bancários e correspondentes, bem como a população que utiliza os serviços. Os bancos preocupam-se em reduzir custos e assim, deixam a vida humana nas últimas instâncias de importância” critica o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.  
Sindicato encabeça campanha por mais segurança no Itaú

O corte de custos em segurança também chegou às agências de negócios do Itaú. Nesses locais, os vigilantes foram demitidos e não há portas giratórias detectoras de metais. Em protesto a insegurança, o Sindicato apoiou a paralisação na agência de negócios do Itaú do Setor Comercial Sul, que está fechada desde o dia 9 de abril.

A agência permanecerá sem atendimento ao público até que o banco negocie melhorias em segurança para o local.

A insegurança desse atual modelo de trabalho no Itaú tem gerado o aumento da violência nesses locais sem vigilância, como o assalto que ocorreu na cidade paranaense de Londrina. Funcionários e clientes foram rendidos tiveram seus pertences levados por ladrões.
População pede mais segurança

Nesta segunda-feira (14), comerciantes que trabalham próximos da lotérica onde ocorreu a tentativa de assalto em Luziânia não abriram as postas em protesto pela ação dos bandidos que terminou com a morte do funcionário.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

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