Brasília - Há muito tempo, pelo menos há mais de 12 anos, como informa a reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo (11), os planos de saúde, em especial os de autogestão, formados por categorias profissionais, sofrem verdadeiras sangrias em suas receitas básicas pela prática antiética de cartéis atuantes na área da saúde.
O Sindicato dos Bancários de Brasília repudia esses golpes milionários e nefastos que, além de prejudicar todo o frágil sistema de assistência à saúde no país, acaba por desacreditar a classe médica e, pior, coloca em risco a vida das pessoas. A entidade sindical também exige rigor na apuração das denúncias sobre a máfia das próteses.
Esses cartéis são formados por fornecedores de equipamentos médicos – principalmente os de órteses e próteses –, por hospitais, médicos e advogados, que aproveitam do próprio usuário dos planos para pressionarem o poder Judiciário e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que autorizem a compra e a utilização de equipamentos muitas vezes desnecessários e bem mais caros que os convencionais.
Quando os planos de saúde não concordam com o uso de determinado equipamento por ausência de necessidade técnica, os usuários muitas vezes são orientados a buscar o Judiciário para obter liminar que derrubam a decisão inicial dos planos.
Assim, os planos são obrigados a autorizarem as indicações do médico assistente que se beneficia do esquema, somando pontos, créditos e comissões junto às distribuidoras de equipamentos. Há planos de autogestão que já foram autuados pela ANS com multas previstas no valor de até R$ 1 milhão.
Prática ilegal prejudica usuários dos planos
“Esta prática é um descalabro. Ela prejudica os planos de autogestão em saúde porque onera desnecessariamente as despesas básicas, bem como prejudica todos os usuários dos planosン, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.
Assista, abaixo, as reportagens exibidas pelo Fantástico nos dias 4/1 e 11/1, que denunciaram parcela deste universo. Nas matérias, foram expostos pequenos e médios distribuidores, mas a fraude é muito maior do que até agora foi demonstrado.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação