(Brasília) - Está convocada para esta terça-feira (15), às 14h30, sessão ordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde tramita o projeto de lei 4330, o PL da Escravidão. Para bloquear qualquer iniciativa de votar o projeto, militantes CUTistas estarão presentes na sessão, conforme orientação da direção da Central. O PL 4330 flexibiliza e precariza indiscriminadamente o trabalho, rouba direitos e enfraquece a organização sindical.
“Mesmo tendo uma posição da bancada do PT de fechar questão em não deixar aprovar o PL 4330 ᄅ importante nossa vigília para consolidar nossa presença na Câmara. Temos que mostrar que temos preocupação com esse projeto (PL 4330) que não muda para pior só a vida dos trabalhadores terceirizados, mas a de todos os trabalhadores brasileiros dos setores público e privado”, explica a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa.
Presente a todas as manifestações na Câmara, o diretor de base do Sindicato dos Comerciários do DF, Luiz Saraiva Costa, afirma que a classe trabalhadora está atenta. “Qualquer movimento que eles (parlamentares) façam para colocar este projeto (PL 4330) em pauta nós estaremos aqui assiduamente para tentar barrar”, diz.
Estratégia
Segundo Graça Costa, a intenção é de massificar os debates sobre o PL 4330 para conscientizar os parlamentares e a população. “Nossa ideia é fazer audiências públicas em todos os estados, fazer discussão nos municípios, para que a gente possa a curto tempo colocar todos os trabalhadores, todos os vereadores, deputados discutindo o PL 4330 e, então, a classe trabalhadora terá um grande reforço na hora em que o projeto for a votação”, avalia. A dirigente cutista ainda anuncia que a campanha contra os parlamentares que apoiarem o PL 4330 será forte no ano eleitoral. “Quem votar contra a classe trabalhadora vai ‘para o poste’”, afirma.
Prazo curto
Três das 5 sessões da CCJC requeridas pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para votar o PL 4330 já foram realizadas. Após o prazo estabelecido, sendo ou não votado na Comissão, o PL irá ao Plenário, onde a bancada do PT e alguns parlamentares de outros partidos seguirão obstruindo a votação. O presidente da Câmara tem a prerrogativa de indicar novo relator ao projeto quando for ao Plenário. Entretanto, há a tradição de manter o relator indicado na última Comissão onde tramitou o PL.
Fonte: Secretaria de Comunicação da CUT