Brasília - Nesta terça-feira (12), foi instalada mesa específica entre o Banco do Brasil e entidades representativas dos funcionários da ativa e dos aposentados do banco, para tratar dos problemas relativos à sustentabilidade da Caixa de Assistência dos Funcionários.
O objetivo é ampliar a discussão e abrir um processo de negociação para que se encontre uma solução que proporcione equilíbrio ao Plano de Assistência e mantenha a Cassi sustentável, solidária e perene.
Para o representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Rafael Zanon, essa mesa de negociação tem um valor inestimável, pois serve para a apresentação e análise de propostas tanto das entidades representativas dos funcionários quanto do banco.
“Esse é um importante espaço para que se façam as inferências necessárias visando à solução das dificuldades enfrentadas. Entendemos que é preciso negociar uma proposta que resolva os problemas da Cassi sem prejuízos para os trabalhadores”, destacou.
Baseados neste sentimento, os representantes das entidades propuseram a inclusão dos dirigentes eleitos da Cassi na referida mesa. Ficou definido, então, que a próxima reunião, prevista para acontecer no dia 19 de maio, contará com a participação de dois dirigentes eleitos, representando a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo.
Já o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB (Diref), Carlos Neri, considera que o fórum ideal para o debate é a própria Cassi, mas como o assunto perpassa todas as entidades que representam os funcionários, o banco resolveu realizar a reunião. “Estamos imbuídos, de fato, em buscar alternativa para perenizar e viabilizar a Cassi”, afirmou.
Os representantes dos associados defenderam a manutenção do princípio da solidariedade , considerando a principal característica da caixa de assistência. O BB afirmou que deseja "aperfeiçoar " a solidariedade na Cassi, mas não apresentou nenhuma proposta.
Os representantes dos associados também sugeriram que o BB realizasse aportes extraordinários para implementação do programa de Atenção Integral à Saúde. O BB concorda com a implementação do programa mas se recusa a fazer aportes ou aumentar a contribuição patronal.
O representante do BB afirmou que tem proposta para a Cassi, mas não a apresentou. Disse, ainda, que o banco não deseja cortar benefícios nem excluir os aposentados do plano de associados.
“Qualquer proposta de mudanças no estatuto deve ser aprovada por consulta ao corpo social”, afirmou Zanon.
Rosane Alves
Do Seeb Brasília