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14 de Fevereiro de 2014 às 14:49

14/02/2014 - Seeb/Brasília cobra dados de situação dos empregados da Caixa


 

(Brasília) - Na reunião do Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho desta quinta-feira (13), a comissão dos empregados reivindicou a apresentação de dados detalhados a respeito do quadro de pessoal, como é feito o cálculo para dimensionar o número de empregados para as novas unidades, a média de horas extras feitas entre outros. Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), do Sindicato dos Bancários de Brasília e de outros sindicatos participaram dos debates e destacaram que é de suma importância o acesso a essas informações para fazer uma análise mais profunda da situação dos trabalhadores na empresa e avançar na mesa de debate do Fórum.

Conforme acertado na reunião, o movimento sindical vai reencaminhar a lista detalhada de dados solicitados a Caixa. O próximo encontro será marcado depois que a Caixa se manifestar a respeito da apresentação das informações solicitadas pela comissão dos empregados.

"Com os dados em mãos poderemos fazer um estudo da situação dos empregados e contribuir a partir das informações. Somos favoráveis ao crescimento da empresa, mas as condições de trabalho devem ser observadas na mesma proporção. O que observamos atualmente é o aumento do número de agências e de demandas, mas que não ocorre na mesma medida a contratação, bem como os serviços de manutenção e melhorias de condições trabalho”, destaca a diretora da Contraf-CUT e do Sindicato, Fabiana Uehara.

Nova data prevista para implementação da estação única

Os problemas de inconsistências na implementação da estação única junto ao Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) ainda não foram resolvidos, já que a nova versão que seria instalada no dia 23 de janeiro não obteve sucesso. Após questionamento dos representantes dos empregados, a Caixa deu uma nova previsão de que até 25 de fevereiro serão implementados os ajustes no sistema.

O departamento de tecnologia da Caixa está fazendo a validação do sistema internamente por meio de testes tecnológicos nesta semana e pretende começar a instalação em uma agência-piloto a partir de 17 deste mês, antes da instalação nacional.

Adaptação no mobiliário

 

 


Durante a reunião, a comissão dos empregados do Fórum também cobrou mais agilidade na implementação dos novos mobiliários nas unidades de trabalho. A Caixa informou que ainda não tem o protótipo de reestruturação dos mobiliários nas agências, mas que uma empresa especializada está desenvolvendo tais modelos. A Caixa adiantou que a instalação dos mobiliários será feita por etapas gradualmente no país.

Os representantes dos trabalhadores ressaltaram que a nova estrutura deve observar o cumprimento da nova legislação sobre segurança bancária nos municípios e cidades em que existe a lei específica, tais como a instalação de biombos no espaço de autoatendimento e de divisórias na bateria de caixas entre clientes e funcionários. O movimento sindical cobrou ainda a instalação de equipamentos de segurança seja expandida para todo o país, independente de legislação. 

Avaliadores de penhor

 

 


A falta de condições adequadas de trabalho para os avaliadores de penhor da Caixa é uma questão que preocupa o movimento sindical. Os representantes dos trabalhadores foram enfáticos na cobrança de celeridade da empresa para resolver os problemas dos empregados dessa área, bem como participação nos grupos de discussão do tema.

A falta de mobiliário adequado, transporte e recolhimento dos ácidos utilizados por esses trabalhadores em desacordo com a legislação, número insuficiente de empregados no setor de penhor, equipamento de proteção individual (EPI) inapropriados, entre outros, estão entre os pontos destacados pelos empregados que precisam ser revistos com urgência. Esses itens estão na pauta de reivindicações aprovada no último Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) e já são de conhecimento da empresa.

A Caixa informou que há um estudo a respeito da adaptação do mobiliᄀrio, mas que ainda não há um grupo de trabalho para debater o tema.

Horas extras

 

 


A Caixa garantiu que nas agências com menos de 15 empregados a regra padrão é para pagamento integral das horas extras realizadas, ficando para o empregado a opção de receber 50% e compensar 50%. Também foi informado que não será cobrado o Índice de Redução de Hora Extra (IHE) para os empregados que receberem o pagamento integral das horas extras.

Termo de ciência sobre Venda casada

Questionados pelos dirigentes sindicais, os representantes da empresa disseram que o termo de ciência sobre “venda casada” é um ato administrativo, com o objetivo de deixar claro que a Caixa não permite essa prática. Entretanto, ressaltaram que a não assinatura pode ser considerada insubordinação.

Descomissionamento X assédio moral

Os sindicatos receberam várias denúncias de assédio moral por meio da ameaça descomissionamento. A comissão dos empregados destacou que essa tem sido uma prática recorrente no país utilizada como meio de pressionar os trabalhadores a atingirem metas cada vez mais ousadas. Os representantes dos empregados cobraram da Caixa que essa postura seja sumariamente punida dentro da empresa. Além disso, também reivindicaram a participação de representantes dos trabalhadores nos fóruns de apuração do assédio moral.

“A Caixa não pode ser conivente com a prática do assédio moral. Gestor que usa da ameaça de descomissionamento como instrumento de gestão exerce a função na empresa de maneira equivoca e deve ser exemplarmente punido pelas atitudes dessa natureza”, frisa Fabiana Uehara.
 
Fonte: Seeb/Brasília da Redação 

 


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