Por Rondineli Gonzales - SEEB/Rondônia
Porto Velho RO - Bancários do HSBC nos municípios de Porto Velho, Ji-Paraná, Jaru e Ariquemes fecharam, na manhã desta quinta-feira, 13/11, as agências do banco inglês em protesto contra a onda de demissões em massa que vem ocorrendo em todo o país desde a semana passada.
O ato público acontece simultaneamente em todo o Brasil, já que os cortes de postos de trabalho já se aproximam de 800 e o número pode aumentar para mil até o final de novembro.
Somente em Curitiba e região, onde fica a sede nacional do banco inglês, cerca de 200 bancários foram mandados embora sem a menor justificativa. Os cortes acontecem ainda em São Paulo, Rio de Janeiro e em praticamente todos os estados.
Em Rondônia, em apenas sete dias, foram demitidos três empregados e até mesmo a gerente regional do banco perdeu seu emprego.
“Em todo o estado de Rondônia o quadro funcional do HSBC é de pouco mais de 130 empregados e, ultimamente, esse número vem só diminuindo, já que o banco vem demitindo, como aconteceu nos últimos sete dias, com quatro demissões.
Portanto, temos que continuar unidos enquanto podemos, enquanto novas demissões não ocorrem, pois a única forma que temos de pressionar o banco a parar com essa postura de demitir, dia após dia, ᄅ com a mobilização de todos os funcionários na frente das agências”, disse José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
O sindicalista disse ainda que a luta é para cessar a onda de demissões, que essas demissões que já aconteceram sejam revistas e revogadas, bem como exigir a abertura de mais agências e contratação de mais empregados.
“No entanto, o HSBC vem na contramão da economia. Aqui em Rondônia encerrou as atividades da única agência de Rolim de Moura, no ano passado, e transformou a agência Urbana, em Porto Velho, numa loja de créditos, obrigado os funcionários a migrarem para a agência Centro e, consequentemente, isso causa a insegurança nos empregados, que temem por mais demissões. Tudo isso compromete ainda mais o atendimento ao público, que já é precário, onde os clientes ficam horas e horas nas filas para serem atendidos”, concluiu o dirigente.