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12 de Agosto de 2015 às 23:00

13/08/2015 - Bancários marcham no DF por desenvolvimento sustentável com democracia


 


Brasília acordou florida na manhã desta quarta-feira (12). Mais de 70 mil ‘margaridas’, participaram da 5ª edição da Marcha das Margaridas, que defende o desenvolvimento sustentável com democracia, justiça autonomia, liberdade e igualdade. 

A marcha, composta por trabalhadoras rurais e urbanas, saiu do Estádio Mané Garrincha, às 8h, e seguiu até o Congresso Nacional, num percurso de cerca de 5 km. O evento reuniu representantes de diversas centrais sindicais e de sindicatos de todo o país, entre eles o Sindicato dos Bancários de Brasília, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). 

Considerada a maior mobilização de mulheres da América Latina, a manifestação, ocorre de quatro em quatro anos. O objetivo do movimento, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), é criar uma pauta de reivindicações que priorize as necessidades das mulheres que vivem e trabalham no campo. Caravanas de 15 países participaram da marcha deste ano.

Para o Sindicato dos Bancários de Brasília, a marcha é um exemplo de como podemos nos organizar para enfrentar esse Congresso, considerado um dos mais conservadores dos últimos tempos, e fazer com que as reivindicações das mulheres sejam colocadas em prática.

Reivindicações das Margaridas 

Na tarde deste mesmo dia o governo federal apresentará uma resposta à pauta de reivindicações entregue pelo movimento ao governo e ao Congresso Nacional no início de julho. 

Na pauta de reivindicações, estão o fortalecimento da reforma agrária e dos mecanismos de inclusão produtiva de mulheres rurais, o controle do uso de agrotóxicos, mais creches no campo e enfrentamento à violência rural. Foram acrescentada, ainda, novas discussões, como a defesa de uma reforma política com participação popular.

“A manifestação está belíssima. Uma demonstração de que nós mulheres temos um movimento forte e atuante. Acreditamos na construção de um Brasil soberano, sustentável, mais democrático e justo”, afirmou a diretora da Fetec-CUT/CN Conceição Costa. 
História da Marcha 

Inspirada na líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em agosto de 1983, a Marcha das Margaridas tem como principal foco o fim da violência contra a mulher, por melhores condições de trabalho no campo e pelo empoderamento feminino. A marcha ocorre desde 2000, em Brasília, no mês de agosto. Outras edições ocorreram em 2000, 2003, 2007 e 2011. 

Lemas

2000 - “2000 Razões Para Marchar: Contra a Fome, a Pobreza e a Violência Sexista”
2003 - “2003 Razões Para Marchar Contra a Fome, a Pobreza e a Violência Sexista”
2007 - “2007 Razões Para Marchar Contra a Fome, a Pobreza e a Violência Sexista”
2011 - “2011 Razões Para Marchar por Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”
2015 - “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”

Além da Contag, o movimento é composto pela Marcha Mundial das Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia (Mama), Movimento Interestadual de Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu, União Brasileira de Mulheres, entre tantas outras entidades. 

 

 


Rosane Alves
Do Seeb Brasília

 


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