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13 de Julho de 2015 às 07:20

13/07/2015 - 23º EBAN/RO: "Um bancário afetado prejudica toda a sociedade", afirma psicóloga


Ji-Paraná RO - 100% Não É O Limite! Essa frase, dita por um bancário brasiliense inconformado com a pressão pelo cumprimento de metas e pelo constante assédio moral dentro do ambiente de trabalho, foi o tema da palestra da psicóloga Fernanda Duarte, no 23º Encontro Estadual dos Bancários de Rondônia, que está acontecendo no Maximus Hotel, em Ji-Paraná e que reúne cerca de 120 bancários de todos os bancos públicos e privados de Rondônia.

A especialista esclareceu que os riscos psicossociais - que englobam danos psicológicos e danos sociais (contato com redes de apoio, família, amigos, isolamentos) – são muito presentes no ambiente de trabalho dos bancários brasileiros, e que afeta diretamente na vida individual e coletiva do ‘afetado’, comprometendo toda uma cadeia social.

“O primeiro dano é o físico, em seguida vem o dano psicológico e, por fim, os danos sociais, exatamente nessa ordem. Um ambiente de trabalho tomando por um clima de pressão extrema, compromete a saúde do trabalhador, que inicialmente apresenta as dores físicas, como dor de cabeça, dor nos membros, costas, e em seguida, apresentam os danos psicológicos, como sentimentos negativos em relação a si mesmo e à vida em geral e, por fim, os danos sociais, que é o isolamento. E um bancário afetado prejudica toda uma sociedade, já que, adoecido, ele será afastado pelo INSS e esse afastamento vai gerar um alto custo, já que seu tratamento requer um longo prazo e isso exige os custeios com o erário da previdência social. É ruim pra ele (o bancário), para o banco, para os clientes e usuários”, analisou.

Fernanda disse que, neste cenário, o trabalho do sindicato é de extrema importância, pois a questão psicossocial no trabalho é uma questão coletiva, ou seja, o adoecimento não é um problema individual, pois existe toda uma organização do trabalho propícia para a geração destes danos.

“O sindicato deve tomar medidas preventivas, como campanhas educativas com relação a quem adoece - alguns tem dificuldade de admitir que estão doentes – , ações cobrando melhores condições de trabalho e, sobretudo, levar esse debate para conhecimento público”, sugeriu.

Para a psicóloga o evento promovido pelo SEEB-RO comprovou sua força e representação sindical.

“E bom ver a mobilização das pessoas, a integração, a participação, a preocupação dos bancários não só na questão salarial, mas na busca por ambientes de trabalho melhores e mais dignos ao trabalhador. Ao ver tantas pessoas, de vários municípios diferentes do Estado, toda essa participação, penso que há uma forte interação dos filiados”.

Fonte: SEEB/Rondônia 


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