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13 de Fevereiro de 2014 às 16:22

13/02/2014 - Trabalhadores tomam as ruas de Belém contra o governo Jatene


(Belém-PA) - O sentimento de revolta era o mesmo e motivou centenas de servidores e servidoras públicas a saírem pelas ruas de Belém em protesto contra o governo Jatene, nesta quinta-feira (13). Nem mesmo a chuva que caiu quase toda a manhã dispersou os trabalhadores e trabalhadoras que chegaram à concentração, na Praça do Operário, preparados: com sombrinha em mãos, e seguiram em direção ao Centro Integrado de Governo para entregar a pauta unificada de reivindicações.
 
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A reprovação ao governo tucano já vem desde os primeiros meses de mandato e a rejeição só tem aumentado nos últimos anos pra cá, piorando ainda mais depois da publicação do decreto 945/2014, que veta a aprovação de novos Planos de Carreiras, Cargos e Remuneração (PCCRs); e o decreto 954/2014, que determina a suspensão de concessão e pagamento de Gratificação de Tempo Integral (GTI) e Gratificação de Serviço Extraordinário (Hora-Extra) de todos os servidores públicos estaduais. Para muitos trabalhadores e trabalhadoras isto representa mais de 50% de corte na remuneração!

O ato contou com a presença de trabalhadores e trabalhadoras de outras categorias, como a dos bancários, que assim como o funcionalismo público, estão cansados das perseguições; dos descomissionamentos arbitrários, retirada de direitos (tíquete extra), não instalação do Ponto Eletrônico, falta de segurança, indisposição da direção do Banco do Estado do Pará para as mesas permanentes de negociação (inclusive no período da data base), dentre outros problemas.

Uma das paradas da caminhada foi em frente ao Banpará da Avenida Nazaré. “No ano passado, aqui nessa agência, onde também funciona a área de segurança do Banpará, o presidente do banco, Sr. Augusto Amorim veio pessoalmente assediar os bancários para não grevarem. Não aguentamos mais a violência dentro desse banco que vem de todas as formas, seja por assédio moral ou pelos criminosos que sequestram nossos colegas e suas famílias para depois consumar o assalto ao banco; modalidade conhecida como sapatinho; e quando um colega nosso é vítima, ao invés de prestar o auxílio que ele precisa, o banco penaliza o trabalhador. Essa é parte da realidade dentro do Banpará, uma extensão da truculência e desumanidade do governo tucano”, desabafa a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.

“Desde o início do ano pra cá, o Banpará foi o banco que mais registrou assaltos, a maioria na modalidade sapatinho; uma realidade bem diferente de cerca de 6 anos atrás, quando o mesmo banco foi pioneiro em projetos de segurança bancária, com a instalação de biombos nas áreas de atendimento dos caixas físicos e eletrônicos para coibir os crimes conhecidos como “saidinha bancária”. O projeto, que agora é lei, partiu do Sindicato e hoje serve de modelo para outros bancos que atuam no país”, lembra o diretor do Sindicato, Heider Alberto.

O caso mais recente de assédio moral no Banpará é também uma prática antissindical contra os bancários cedidos para o Sindicato e a CAFBEP. Os dirigentes sindicais foram excluídos do crédito de promoção por merecimento no final do mês passado, e quando questionado, o banco disse que não mudará seu posicionamento. Contra isso, o Sindicato dos Bancários ingressará com ação judicial para reverter o caso e garantir a promoção para todos os funcionários (veja mais detalhes).

Fonte: Bancários PA

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