(Belém-PA) - No último dia 7 de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher (8), o Sindicato dos Bancários do Pará; a CUT Pará e a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) realizaram uma atividade de formação voltada para o debate de gênero e às lutas sociais das mulheres por Igualdade, Liberdade e Autonomia.
Temas como a mercantilização do corpo e da vida das mulheres, saúde das mulheres e políticas públicas, legalização do aborto, participação das mulheres nos espaços de direção da sociedade, e organização política das mulheres foram discutidos durante o evento que contou com a participação da Secretária Nacional e da Secretária Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva e Ray Barreto, coordenadora do SindSaúde, Miriam Andrade, respectivamente; a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará Rosalina Amorim e a diretora de comunicação da entidade, que na ocasião representou a MMM, Tatiana Oliveira.
A atividade contou com grande grupo feminino que representou diversas frentes de atuação sindical, de educação, saúde, direitos humanos, estudantil e cultural. Também houve presença masculina durante a programação, já que um dos objetivos do evento é a contribuição para a formação de novos homens e mulheres em busca de uma nova sociedade.
Rosalina Amorim, presidenta Sindicato“Nosso Sindicato se dedica às lutas pela autonomia e liberdade das mulheres, pois acreditamos ser este o melhor caminho para construirmos uma sociedade mais justa e com harmonia entre homens e mulheres. As principais lutas das mulheres na atualidade são por respeito, igualdade e contra a violência, seja no ambiente doméstico e nos locais de trabalho, e acredito que as discussões feitas durante esse evento nos ajudarão nas lutas de gênero do dia-a-dia”, afirma a presidenta Rosalina Amorim.
Mulheres querem reforma política - O plebiscito popular pela reforma política no Brasil também foi assunto em destaque durante o evento. Rosane Silva e Tatiana Oliveira lembraram que em setembro de 2013, a Plenária Nacional dos Movimentos Sociais aprovou a realização de um plebiscito popular cuja pergunta será “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”.Tatiana Oliveira, MMM
O plebiscito seria uma forma de garantir que a participação e a opinião popular sejam levadas em consideração para além das eleições que ocorrem de 4 em 4 anos. “Nossa proposta é que nesse plebiscito seja realizada uma Constituinte, ou seja, uma assembleia para a qual escolheremos representantes que irão definir e modificar, exclusivamente, as regras e funcionamento do nosso sistema político”, explica Tatiana Oliveira.
Rosane Silva destacou que o projeto da CUT através desse plebiscito é para que o Brasil seja um Estado forte com investimentos em políticas públicas que possibilitem o rompimento com o machismo e o patriarcado.Programação encerrou com show da cantora Larissa Leite
Rosane Silva, CUT“Se queremos construir uma sociedade justa, igualitária, livre dos preconceitos e discriminações, devemos nos engajar com muita determinação, garra e feminismo neste processo de construção do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva para mudar o sistema político brasileiro, pois teremos a oportunidade de dialogar com as mulheres trabalhadoras sobre qual projeto de sociedade queremos e acreditamos que é possível construir”, ressaltou Rosane Silva.
Fonte: Bancários PA