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11 de Janeiro de 2015 às 23:00

12/01/2015 - SEEB/Brasília tenta reverter rebaixamentos, mas BRB continua intransigente


Brasília - Os rebaixamentos arbitrários de 12 bancários do BRB, ocorridos praticamente às vésperas do Natal, no dia 22 de dezembro de 2014, continuam gerando polêmicas. Na terça-feira (06), os diretores do Sindicato Ronaldo Lustosa e Daniel de Oliveira e a secretária-geral da entidade, Cida Sousa, participaram de uma reunião com o vice-presidente do BRB, Humberto Coelho, e a superintendente de Gestão de Pessoas, Cinthia Freitas. E o resultado não foi nada satisfatório, uma vez que o posicionamento intransigente do banco é de não voltar atrás na decisão.

“Os representantes do banco, que estão irredutíveis em reverter a decisão, apenas disseram que nesta gestão não haverá mais rebaixamentos de função. Acredito que isso seja por causa da repercussão do caso, que tomou grandes dimensões, com mobilização dos funcionários. Mas isso não é o suficiente. Queremos a reversão de todos os rebaixamentos. E para isso, não vamos medir esforços”, avisa Daniel de Oliveira.

A maioria dos bancários atingidos pelos rebaixamentos trabalhava na área de Tecnologia. Na visão do Sindicato, o que está havendo é uma perseguição contra todos os funcionários que buscaram na Justiça o pagamento das 7ª e 8ª horas trabalhadas indevidamente. E vai tomar as providências cabíveis com relação aos rebaixamentos.

“Não vamos permitir que o BRB agrida os direitos dos trabalhadores”, assegura Cida Sousa. E acrescenta: “É lamentável que isso esteja acontecendo no momento em que temos colegas bancários na presidência do banco, como Alair Vargas e os vices-presidentes Humberto Coelho e Sérgio Nazaré. Ao apagar das luzes, não era isso que os funcionários esperavam”.

Na opinião de Ronaldo Lustosa, o BRB está agindo de forma arbitrária. “Estamos tentando o diálogo, mas sem o retorno desejado. Todos os indícios e testemunhos apontam para uma tentativa covarde de coibir que outros funcionários tenham a mesma iniciativa e entrem com ação judicial, fato que demonstra a incapacidade dos gestores do BRB em dialogar com seus próprios funcionários”, enfatiza. 

Lustosa acrescenta: "Se essa gestão escutasse o Sindicato e negociasse com os funcionários, o banco teria uma economia de centenas de milhões de reais, o que seria muito bom para a instituição, e o trabalhador ficaria satisfeito, ou seja, essa falta de diálogo da gestão está prejudicando financeiramente, de forma grave, o próprio banco". O diretor do Sindicato lembrou ainda que a perseguição ao trabalhador é uma prática abominável, e que buscará a nova direção do BRB assim que for definida pelo governador.

O Sindicato repudia essa ação do BRB, decidida por funcionários da própria instituição, como o presidente interino, Alair Vargas, que vai contra o sonho dos funcionários do BRB, que sempre foi ter um presidente da Casa, competente, aberto ao diálogo, humilde, corajoso para impulsionar o banco, e sensível aos sentimentos e desejos do corpo funcional.

"Queremos um presidente que seja melhor do que os anteriores. Se essa gestão não tem humildade para admitir que errou, prova que não deveria estar onde está. Buscaremos na nova gestão a sabedoria para a reversão dessa atitude arbitrária", informa o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, que também é bancário do BRB.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília

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