Crédito: Seeb Brasília
Trabalhadores pressionam o banco a rever decisão arbitrária
Em protesto contra a reestruturação em curso na Diretoria Corporate Bank (Dicor) do Banco do Brasil, bancários e bancárias realizaram, nesta segunda-feira (10), ato nacional para pressionar a instituição financeira a rever a decisão arbitrária. Em Brasília, o Sindicato realizou o protesto em frente ao Sede I, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.
A reestruturação envolve as Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) e os Centros de Suporte do Atacado (CSA).
A medida, cuja suspensão imediata foi exigida pela Contraf-CUT em ofício encaminhado ao BB no final do mês passado, vai causar uma redução total de 140 vagas em várias partes do país, sendo 19 em Brasília.
"A Dicor não negociou com o movimento sindical esta reestruturação, fez de forma dissimulada, escondida e absolutamente covarde. Estamos à mercê da vontade do Conselho Diretor, que vem hoje fazendo esses atos absurdos contra o funcionalismo. Por isso, estamos protestando veementemente contra esse gesto da diretoria", afirmou Alexandre Stilben, diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e bancário do BB.
No ofício, a Contraf-CUT critica a forma pela qual o processo vem sendo conduzido. Diz o texto: "A Dicor apresentou à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB [em negociação no dia 28 passado] um processo que já estava em curso e, ainda, no exato momento, a mesma apresentação estava sendo feita nos locais de trabalho".
Para a Contraf-CUT, "essa atitude da Dicor, além de desrespeito com a nossa representação, evidencia que o Banco do Brasil tem falhado no compromisso de discutir com os trabalhadores antecipadamente as reestruturações que acontecem a todo instante na instituição. Falta apresentação de dados mais precisos, o que motivou a suspensão da reunião (...)".
Não há garantia de segurança para os trabalhadores envolvidos. Até mesmo nas cidades onde os serviços serão ampliados haverá perda de salários. No ofício, a Contraf-CUT argumenta ainda que, além de cortar quadros e alterar funções, a medida "não garante a manutenção de salários e renda mesmo para aqueles que ficarão nas unidades".
"O compromisso assumido na reunião do Conselho de Administração, quando foi apresentada a reestruturação da Gecex, não está sendo cumprido e precisamos rever este processo", destacou Rafael Matos, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do Banco (Caref).
Segundo os bancários, o BB justifica a extinção das gerências como contenção de despesas e eficiência operacional, razões que para os empregados das Gecex não têm fundamento. Para o Sindicato, o processo está ocorrendo de forma arbitrária, uma vez que o BB tem tomado atitudes unilaterais sem pensar no seu corpo funcional.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília