(Brasília) - A Informática do BRB mudará de endereço. Uma notícia banal não fosse a contradição do discurso da diretoria sobre ‘política de contenção de despesas’. O prédio onde atualmente funciona a Informática é alugado pelo banco por R$ 60 mil. O novo prédio, cujo contrato já foi assinado, terá um aluguel de R$ 165 mil, um salto de espantosos 275%.
Por mais que a direção do BRB, em especial o diretor de Informática, Américo Junior, argumente que o atual prédio não oferece condições de abrigar o setor, é estranho que só agora o banco faça esta mudança, uma vez que está em curso a construção de um parque de informática definitivo para o BRB na Cidade Digital.
O mais intrigante, e desanimador, é que diversos funcionários afirmam que o prédio onde será instalada a Informática do BRB também não reúne as condições de abrigar confortavelmente o setor. Há inúmeras reclamações sobre ele, desde o exíguo espaço para abrigar os bancários (segundo funcionários, o prédio não tem espaço para abrigar todos, parte inclusive terá que ser alocada em um espaço improvisado onde era uma garagem), até a quantidade ínfima de banheiros para uso dos bancários, passando por inexistência de estacionamento para os funcionários e ainda falta de transporte público próximo.
Outro aspecto estranho sobre a mudança, ainda segundo bancários do setor, é que a alta administração da Informática ‘espalhou’ a notícia de que a Regius (fundo de pensão dos funcionários do BRB), proprietária do atual prédio, estaria solicitando a devolução do mesmo, o que é falso segundo a administração da Regius.
Como se vê, o banco trocou ‘6 por menos que meia dúzia’. Porém, a um preço muito maior. O mais aberrante é que a mesma diretoria que afirma que em três anos no máximo terá uma sede definitiva e moderna para o setor assinou um contrato de aluguel por cinco anos, e óbvio, com pesada multa em caso de rescisão antecipada.
Não há discurso que justifique tal coisa. Seria muito mais prudente fazer uma reforma no endereço atual, de forma a amenizar os problemas do local, cujo período de uso, conforme afirmação da diretoria, será relativamente curto, até que a Informática se transferisse definitivamente para o endereço na Cidade Digital.
Por situações como essa é que soa incongruente a política de contenção de gastos do banco, que alardeia a necessidade de redução do consumo de água e luz, mas dá o mau exemplo como este da mudança da Informática.
Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação