O Sindicato dos Bancários do Pará amanheceu nesta quinta-feira, 11 de setembro, ocupando as ruas de Belﾩm em mais um ato da Campanha Nacional 2014. Dessa vez o corredor financeiro ocupado pela caravana sindical foi o da Avenida Nazaré, mais precisamente em frente ao banco Santander.

Os dirigentes sindicais presentes alertaram à população e aos bancários de que, como os banqueiros estão se recusando a negociar seriamente na mesa da Fenaban, a deflagração de uma greve nacional da categoria bancária está cada vez mais próxima.

“Ontem (10), nosso comando nacional foi para a quarta rodada de negociação com a Fenaban com o intuito de discutir nossa pauta de remuneração, mas os banqueiros continuam apostando na enrolação e não apresentaram nenhuma contraproposta às nossas reivindicações. Estamos cada vez mais próximo de uma greve nacional da nossa categoria”, afirma o diretor do Sindicato, Saulo Araújo.

“Hoje (11), a mesa sobre remuneração deve prosseguir, mas se continuar nesse ritmo, com os banqueiros fazendo pouco caso para com as nossas demandas, não nos restará alternativa senão a deflagração de uma grande greve nacional da categoria bancária para garantirmos nossos direitos”, ressalta o diretor do Sindicato, Cristiano Moreno.

Fenaban nada propõe sobre remuneração

A quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban teve início nessa quarta-feira (10) e continua nesta quinta (11). Repetindo o padrão das três rodadas de negociação anteriores, os bancos enrolaram mais uma vez e não apresentaram nenhuma proposta para as reivindicações de caráter econômico da Campanha 2014, incluído o reajuste de 12,5%.

Os negociadores da Fenaban disseram que ainda vão consultar os presidentes dos bancos para apresentar uma proposta global para as demandas da categoria, em data a ser definida. As negociações sobre as cláusulas sobre remuneração, entre elas a PLR, prosseguem nesta quinta-feira 11.

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, está em São Paulo acompanhando as negociações.

“As rodadas de negociação estão acabando e a Fenaban continua com a tática de apenas acolher nossas reivindicações, sem apresentar respostas. É muito importante que nossa categoria esteja atenta e mobilizada, pois assim que a Fenaban apresentar sua contraproposta a nossa minuta, convocaremos a categoria para uma assembleia geral e deliberar sobre os rumos do nosso movimento nesta Campanha Nacional”, destaca Rosalina Amorim.

Agenda de negociações com Banpará e Banco da Amazônia

Nessa sexta-feira (12), às 14 horas, haverá a segunda mesa de negociação específica com o Banpará. E na próxima terça-feira (16), será realizada a terceira mesa específica com o Banco da Amazônia, e o Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte estarão presentes para defender os interesses da categoria.

#oquequeremos

:: Reajuste salarial de 12,5%;
:: PLR: três salários mais R$ 6.247;
:: Piso: R$ 3.019,00 (salário mínimo do Dieese em valores de junho);
:: Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
:: Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
:: Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF;
:: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
:: Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
:: Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências e biombos em frente aos caixas; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancﾡrios;
:: Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Bancários PA