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11 de Março de 2015 às 14:45

11/03/2015 - SEEB/Pará receberá Marcio Pochmann para debate sobre Reforma Política no dia 19


Belém PA - Em sintonia com a luta da classe trabalhadora e a voz que ecoa nas ruas brasileiras desde 2011, em defesa de uma reforma política que contribua para fortalecer a democracia e a participação popular nos rumos políticos do país, o Sindicato dos Bancários do Pará receberá no próximo dia 19 de março o economista e professor da UNICAMP, Marcio Pochmann, para um debate aberto à sociedade sobre REFORMA POLÍTICA: QUE MUDANÇA PRECISAMOS? O evento será às 15 horas, no auditório do Complexo Cultural Bancário (Rua 28 de setembro nº 1210, entre Doca e Quintino, Reduto, Belém-PA).

Antes do debate, Marcio Pochmann concederá entrevista coletiva à imprensa e participará do lançamento da campanha da OAB Pará em defesa da reforma política. Todas essas atividades preliminares também serão realizadas no auditório do Complexo Cultural Bancário.

A atividade é uma realização do Sindicato dos Bancários em parceira com o IPEL (Instituto Popular Eduardo Lauande), CUT Pará, Sindicato dos Urbanitários, Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos – Sincort, CTB Pará, UFPA, Escola de Trabalho da UFPA, e Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação da UFPA – GEPTE.

A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 300 pessoas no debate, as quais receberão certificado de participação no evento. Ao final, Marcio Pochmann, que também é presidente da Fundação Perseu Abramo, fará sessão de autógrafos em obras publicadas pela Fundação e que serão distribuídas aos participantes do debate.

Frente de esquerda e Reforma Política

Durante recente reunião da Executiva Nacional da CUT, realizada em fevereiro desse ano, em São Paulo, Marcio Pochmann, atual presidente da Fundação Perseu Abramo, afirmou que ao movimento sindical não bastará continuar lutando para barrar medidas recessivas anunciadas pelo governo Dilma. Ao mesmo tempo em que exercita essa resistência, deve apresentar uma agenda alternativa, para disputar os rumos do governo.

Ele avalia que para dar substância e potência política a essa disputa, o caminho para a CUT e demais centrais sindicais, assim como para os movimentos sociais em geral, incluindo as entidades mais jovens, é construir uma frente de esquerda.

Segundo o economista, há todo um contexto a emoldurar esse segundo mandato de Dilma. A falência do sistema político brasileiro e a fragilidade dos partidos são fortes componentes desse quadro, com consequente crise de representação de lideranças e instituições, exigindo uma reforma política.

Para ele, o sistema capitalista brasileiro está igualmente falido, uma vez que as relações entre as grandes corporações e o setor público é mediado por máfias. Neste ponto, destaque também para a ausência de grandes blocos de investimento.

Marcio Pochmann ressalta que se nada mudar no sistema político brasileiro, as eleições de 2014 serão as últimas em que haverá a possibilidade de “candidaturas populares” ao Parlamento.

“Se não houver uma reforma eleitoral, é possível que aumente o desequilíbrio que se vê hoje no Congresso: 40 mil produtores agrícolas que controlam 50% das áreas agricultáveis elegem de 120 a 140 deputados, enquanto de 4 a 6 milhões de famílias que praticam agricultura familiar são representadas por de 12 a 13 deputados”, afirma.

 

Debate com Márcio Pochmann – Reforma Política: que mudanças precisamos?
Dia 19 de março (quinta-feira) | 15 horas
Auditório do Complexo Cultural Bancário
Rua 28 de setembro nº 1210, entre Doca e Quintino, Reduto, Belém-PA.

 

Fonte: Bancários PA


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