São Paulo – A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários será assinada na segunda-feira 13 às 15h, em São Paulo. A proposta feita pela federação dos bancos no dia 3 foi aprovada pelas assembleias na segunda 6 e vem se somar aos direitos da categoria previstos na CCT que já conta mais de 20 anos. Na mesma data, haverá também as assinaturas dos acordos aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal.
Com a definição da data, os bancos têm até dez dias para pagar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados. Essa primeira parcela corresponde, na regra básica, a 54% do salário mais valor fixo de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 e ao teto de 12,8% do lucro líquido. A antecipação da parcela adicional será de 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.837,99. O restante deve ser pago até 2 de março de 2015.
No caso do HSBC, que teve prejuízo no primeiro semestre de 2014, o movimento sindical garantiu o pagamento de R$ 3 mil de participação nos resultados do trabalho para os funcionários. O valor de R$ 2 mil será pago agora, junto com a antecipação da PLR dos demais bancários, e os outros R$ 1 mil em fevereiro de 2015.
Os bancários do Itaú recebem ainda, junto com a primeira parcela da PLR e do adicional, o PCR de R$ 2.080.
Nova CCT – Dentre as conquistas dos trabalhadores na Campanha Nacional Unificada 2014 está o reajuste para os salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%) e em 9% para o piso (2,49% acima da inflação). O vale-refeição subiu 12,2% (5,5% de ganho real).
Este é o 11º ano consecutivo com aumento real para os salários. Os ganhos acima da inflação já somam 20,7% nos salários, desde 2004. No caso dos pisos, o ganho real nesses últimos anos representa 42,1%.
“Os bancários estão de parabéns. Mesmo diante de um setor que lucra tanto, mas quer sempre economizar às custas dos seus empregados, conseguimos aumentos reais maiores tanto nos salários quanto no piso, além do um reajuste expressivo para o vale-refeição atendendo a uma das principais demandas dos bancários que responderam a consulta feita pelo Sindicato em julho. Isso é resultado da união e organização dos bancários de instituições públicas e privadas de todo o país, ao lado de seus sindicatos”, ressalta a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Outras garantias importantes vieram em relação a saúde e condições de trabalho, além do não desconto dos dias parados. Nossa luta valeu!”, afirma a dirigente, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a federação os bancos.
Caixa - Uma das principais conquistas específicas dos trabalhadores da Caixa foi a aplicação do índice de reajuste de 9% (2,5% de ganho real) no PCS (Plano de Cargos e Salários).
Segundo o diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis, há muito tempo não havia aumento real do piso nas referências do PCS. “Nossa luta conquistou essa valorização, inclusive para quem não saldou o REG/Replan. Isso é um avanço também nas questões de isonomia”, explica.
Leia mais
Fonte: SEEB/São Paulo - Cláudia Motta