Brasília - Ao som da banda de rock Down Jones, o Sindicato dos Bancários de Brasília desembarcou, no início da tarde desta quarta-feira (9), no centro do Gama, para lançar a Campanha Nacional 2015, convocar as bancárias e bancários para a luta e pedir o apoio da população local.

A programação do ato público incluiu atendimento jurídico na área trabalhista e de saúde, além dos serviços de convênios.

Luta com arte

Durante o ato, bancários, clientes e usuários do sistema financeiro, trabalhadores, dirigentes sindicais e moradores do Gama assistiram uma esquete cômica apresentada pelos atores Fabiana Kami e Marcos Pavi, que lançaram o bordão ‘Opressão não tem perdão. Metas abusivas, não’. A apresentação teatral é uma alusão ao assédio moral, que assombra os bancários sistematicamente e que, por isso, é tema de uma campanha permanente lançada pelo Sindicato.

BRB

“Estamos aqui convidando todos os funcionários do BRB para assembleia no dia 11, às 19h, na LBV, para tratarmos sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), uma vez que a direção do banco apresentou uma proposta pífia. Por isso, indicamos a rejeição. E hoje, durante negociação com o BRB, apresentamos uma contraproposta. Esperamos que o banco avance na proposta de PLR e que os trabalhadores possam participar da assembleia. Caso seja aprovada, os bancários recebem a PLR até o dia 20”, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo. “Se não houver acordo, infelizmente nos não vamos indicar a aprovação”, acrescentou o dirigente sindical.

Corpo a corpo nas agências

Pouco antes da manifestação, diretores do Sindicato e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) percorrem algumas agências bancárias da região administrativa para convidar os trabalhadores para a luta e informar a população sobre os grandes lucros obtidos pelas instituições financeira às custas dos bancários e dos clientes, mesmo diante das dificuldades enfrentadas por alguns setores da economia.

Na ocasião, os representantes dos bancários distribuíram um panfleto explicando as principais reivindicações da categoria, entre elas mais seguranças nas agências, mais contratações e ampliação do horário de atendimento ao público. O texto também pede o apoio da população, na medida em que o atendimento das reivindicações da categoria será benéfica para todos.

“Estamos com as agendas de negociações sendo cumpridas, sendo a última reunião marcada para o dia 17 de setembro, cujo tema será remuneração. Pode ser que ocorram outras negociações. Porém, até agora não tem avançado em absolutamente nada. E, não sendo positiva a negociação do dia 17, o caminho vai ser mesmo a greve. Não queremos a paralisação, mas não deixaremos de lançar mão desta ferramenta tão importante para obtenção daquilo que a gente acredita ser justo na nossa causa”, destacou o diretor da Fetec-CUT/CN Enilson da Silva.

Assédio moral

“Uma das questões abordadas nesta Campanha é o combate ao assédio moral. E, dentro dessa lógica do assédio moral, também temos a possibilidade de dar suporte aos trabalhadores na Clínica do Trabalho, que é coordenada por profissionais da Universidade de Brasília (UnB). O trabalhador que precisa de ajuda é socorrido e amparado. Os bancários podem ligar para a Central de Atendimento do Sindicato (3262-9090) para formalizar as denúncias”, frisou o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Wadson Boaventura.

O Sindicato já realizou atos no Setor Comercial Sul, Taguatinga e Sobradinho. O próximo ato será realizado na Ceilândia (16/9).