Cuiabá MT - Os bancários de Mato Grosso fecharam as agências do Centro de Cuiabá e a agência 8 de Abril do HSBC nesta terça-feira (9) em defesa do emprego no banco. As manifestações que estão sendo realizadas em frente às Agências do HSBC, neste Dia Nacional de Luta, foram convocadas pelos Sindicatos após o banco britânico anunciar que irá deixar o Brasil e que deverá demitir aproximadamente 50 mil trabalhadores em todo o mundo, só no Brasil serão mais de 21 mil.
Diante desse quadro, os Sindicatos dos Bancários, junto com a CONTRAF-CUT, já recorreram ao Banco Central para garantir do emprego dos bancários que atuam no Brasil, no entanto, o Banco Central já declarou que não tem como intervir.
Para o presidente dos Bancários de Mato Grosso (SEE/MT), José Guerra, o foco da Paralisação Nacional é alertar a sociedade e também cobrar do HSBC garantias para que o trabalhador não seja prejudicado com as mudanças anunciadas.
Além de mostrar preocupação com a questão do emprego, os sindicatos querem alternativas que não penalizem os trabalhadores. "O HSBC está completando 18 anos operando no Brasil, agora, não podem simplesmente fechar as portas e ir embora. Não pode ser tão simples assim, o trabalhador não pode ser prejudicado e pagar a conta desse escândalo que os banqueiros armaram no Brasil", afirma o diretor do SEEB/MT e funcionário do HSBC, Celson Coan.
Segundo a funcionária do HSBC e diretora do Seeb/MT, Ana Lúcia Nobre, as mudanças do banco britânico não podem significar corte de empregos. "A luta do Sindicato é em defesa dos empregos dos trabalhadores. Queremos a garantia da preservação dos postos de trabalho e dos direitos dos bancários", acrescenta a diretora do Sindicato ressaltando que o banco precisa respeitar os direitos dos empregados do HSBC.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores e diretor do SEEB/MT, João Luiz Dourado, a saída do HSBC do Brasil implica em demissões. E, agora, depois que usurpou dos trabalhadores e dos brasileiros, quer ir embora e deixar os trabalhadores na mão. "A CUT entende que o banco precisa garantir o emprego dos 21 mil trabalhadores/as e não vai aceitar que os bancários paguem a conta, principalmente, depois da prática irresponsável do Banco no período que operou no Brasil, que utilizou a instituição para fazer falcatruas, sonegar impostos e praticar evasão fiscal e agora, ir embora e deixar todo esse ônus nas costas dos bancários. Isso não podemos aceitar", afirmou.