O prédio da superintendência do Itaú, em Belém, não abriu para atendimento ao público na manhã desta terça-feira (10). O Sindicato fechou a unidade em protesto contra a demissão de 3.500 bancários e bancárias em todo o Brasil nos últimos 15 meses.
“O banco tem demitido funcionários com mais tempo de serviço, alguns prestes a se aposentar, e no lugar deles tem contratado outros com salários bem inferiores. Tudo para gerar mais lucros em detrimento da vida e de sonhos das famílias desses bancários demitidos. E as consequências são ainda maiores, pois refletem na saúde de quem fica e passa a sofrer com a incerteza de ser a próxima vítima, e também no atendimento aos clientes e usuários, já que as demissões não seguem na mesma proporção das contratações”, apontou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
O Itaú é campeão de lucro no Brasil. Somente no ano passado, a receita foi de R$15,8 bilhões, boa parte desse dinheiro tem sido investida em campanhas publicitárias milionárias, a mais recente delas é sobre a Copa. O banco também é patrocinador oficial da seleção brasileira.
“Essa realidade nos leva a ter certeza de que não há justificativa para tantas demissões, afinal dinheiro é o que não falta. Quanto mais o Itaú amplia sua lucratividade, mais ele demite, e isso representa mais exploração da mão de obra bancária, o que não admitimos”, contestou o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Victor Araújo.
“Ao contrário do que promete na música que fez para a Copa, de que ‘vamos torcer e jogar todos juntos’, o Itaú joga contra o emprego, contra a segurança nas suas agências e também contra seus próprios clientes e usuários, ao cobrar uma das mais altas taxas e tarifas bancárias”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Sandro Mattos.