Belém PA - A madrugada do último domingo (9) foi marcada pela violência no município de São Geraldo do Araguaia, sudeste do Pará. Pelo menos seis criminosos armados com fuzis, metralhadoras e explosivos destruíram toda a agência do Banco do Brasil durante o assalto. Como era madrugada, dentro da agência não havia ninguém, mas do lado de fora muitas pessoas estavam próximos a unidade ou passavam pelo local, e uma adolescente de 14 anos morreu vítima de uma bala perdida disparada durante o assalto.
Na fuga, segundo testemunhas, cerca de doze pessoas foram levadas como reféns e liberadas minutos depois sem ferimentos. Um dos veículos usados pela quadrilha foi incendiado próximo a uma ponte para dificultar a perseguição policial.
Na manhã desta segunda (9), o Sindicato foi até o município para acompanhar quais as providências que o banco vai tomar com os bancários e bancárias da agência e com os clientes e usuários. “Não sobrou nada do banco, a não ser quatro paredes, o resto ficou tudo destruído, parece que houve uma guerra aqui. A população ainda está assustada com o que aconteceu e também em luto assim como nós, pela morte de um menina tão jovem e pela insegurança que se espalha por todo o Estado que coloca nossas vidas em risco. É lamentável e revoltante a inoperância dos órgãos de segurança pública. Essas quadrilhas tem um arsenal e os policiais dos interiores não tem o que fazer, a não ser correrem para se proteger como muitos moradores fizeram durante o assalto”, destaca a diretora do Sindicato na região, Heidiany Moreno.
São Geraldo do Araguaia é um município pequeno com pouco mais de 20.000 habitantes e são cidades como essas que quadrilhas de assalto a banco têm atuado. “A facilidade para fuga, o número reduzido de policiais atraem os criminosos que buscam facilidade e rapidez na hora de agir, pelo menos é o que temos visto nos últimos anos, um aumento significativo nas explosões de cofres e caixas eletrônicos em todo o Pará. Em contrapartida, o investimento na segurança pública e privada fica a quem, e enquanto nada avança, a categoria, clientes e usuários ficam reféns. Reafirmamos a necessidade da retomada do GT de Segurança Bancária para que possamos, juntos com a polícia, pensar em melhorias”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.