Brasília - Preocupado com a possibilidade de abertura do capital da Caixa Econômica Federal, o conselheiro de Administração eleito da Caixa, Fernando Neiva, destacou que “a Caixa é do Brasil e já demonstrou ao longo dos anos que pode permanecer tranquilamente como um grande banco 100% público”.
“Recentemente, direcionamos a nossa atenção para dois debates. O primeiro deles é a abertura do capital da Caixa, onde tivemos uma grande vitória, uma vez que a empresa e o governo recuaram na sua abertura”, comentou Fernando Neiva, que também é empregado da Caixa.
Voto contrário
E prosseguiu: “O outro debate é sobre a abertura do capital da Caixa Seguradora. E é importante frisar que o meu voto foi contrário, porque entendemos que Caixa Seguradora é tão importante quanto a Caixa Econômica Federal. Nós, empregados e empregadas, já demonstramos que não precisamos de seu capital privado. E não é à toa que somos o terceiro maior banco do país em ativos”.
"Estamos na luta contra a tentativa de abertura de capital da Caixa", diz Wandeir Severo
Empregado da Caixa Econômica Federal e secretário de Finanças do Sindicato dos Bancários de Brasília, Wandeir Severo pede unidade dos trabalhadores da empresa contra a tentativa de abertura de capital do banco, que assumiu a terceira posição no ranking de ativos financeiros totais, ultrapassando a marca expressiva de R$ 1 trilhão, segundo balanço divulgado em 13 de novembro de 2014.
“Desde o ano passado, estamos numa luta incessante contra a tentativa insana de abertura de capital da Caixa. No entanto, mesmo depois de ter sido negada essa possibilidade, parece que o fantasma não se foi e surge nova surpresa, através do Conselho de Administração, massacrando nosso representante eleito, Fernando Neiva. Com seus seis votos favoráveis contra o único contrário do representante dos empregados, o Conselho quer terminar de vender o capital da Caixa Seguradora”, afirmou Wandeir Severo.
Seguradora Caixa
E acrescenta: “Sempre pedimos à Caixa que readquirisse no mercado a seguradora que foi vendida há muitos anos. Mas o que tenta fazer agora é vender o restante e permitir que o capital privado, principalmente o capital internacional, coloque dentro do balcão da Caixa produtos a serem comercializados pelos seus empregado, o que nada nos acrescentará”.
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Mariluce Ferna
Do Seeb Brasília