Brasília - Os empregados e empregadas da TI da Caixa Econômica Federal de Brasília realizaram novo ato público no edifício Matriz I, na manhã desta terça-feira (7), para chamar a atenção da empresa e reforçar que a categoria continua mobilizada para acompanhar os desdobramentos da implantação do plano de valorização, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho para entrar em vigor em 2015.
“Vamos ficar atentos com a negociação da mesa permanente específica para que a carreira de TI não seja novamente esquecida”, frisou o diretor do Sindicato Renato Shalders.
Segundo Shalders, que também é empregado da TI da Caixa, pela primeira vez a base da TI se mobilizou e participou ativamente da greve. “A adesão foi grande. Nenhum trabalhador viajou durante a paralisação. Eles participaram dos comitês de esclarecimento das 6h à meia-noite, em frente à sede da TI, e visitaram outros prédios, fazendo convencimento”, informou.
O ato realizado nesta terça no Matriz I simboliza a preocupação da categoria com a composição dos empregados que atuam nesta área tão vital para o futuro da Caixa. De acordo com Renato Shalders, a empresa tem perdido profissionais para outras empresas, uma vez que, entre as empresas de economia mista e estatais, a Caixa é a que apresenta o pior salário de ingresso dos empregados da área de TI.
Conquistas
Após a greve de 7 dias, a Caixa se comprometeu a apresentar, no primeiro semestre de 2015, na mesa de negociação permanente, proposta para política de retenção de talentos.
A Caixa também assegurará regime de escala de revezamento aos empregados lotados nas unidades que, por força de processo de automação bancária ou em razão de características das atividades, haja necessidade de funcionarem ininterruptamente e/ou habitualmente.
Ainda segundo Renato Shalders, a mobilização dos empregados da TI só terminará quando a Caixa implantar, de fato, o plano de valorização.
Sindicato apoia empregados da TI
“O Sindicato apoia o movimento da TI, entendendo que é uma luta de toda a categoria. É uma defesa da Caixa, para que uma área tão sensível como a tecnologia não fique nas mãos de empresas terceirizadas”, ressaltou o diretor de Formação de Sindicato, Antonio Abdan, que também é empregado da Caixa.
“Toda a categoria sabe o quão fundamental é o trabalho das áreas de TI e o quanto é importante que funcione bem. Só a direção da Caixa é que ainda não entendeu que as pessoas que trabalham arduamente nestas áreas precisam ser reconhecidas e valorizadas. Não somos invisíveis e exigimos respeito”, frisou o secretário de Finanças do Sindicato, Wandeir Severo, que é empregado da TI da Caixa.
“Não queremos receber um pacote pronto. Queremos negociar todos os desdobramentos deste plano de valorização para que não tenhamos surpresas desagradáveis, e uma conquista da campanha se torne frustração”, observou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação
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