Em greve há 20 dias, os bancários de Brasília intensificam a mobilização para cobrar dos bancos uma proposta digna, com aumento real e melhorias nas condições de trabalho
(Brasília) - Iniciada em 19 de setembro, a greve nacional dos bancários – uma das maiores já realizadas pela categoria –, segue forte no Distrito Federal. De tão intensa, a paralisação já rompeu o silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que apresentou na sexta-feira (4) uma nova proposta elevando de 6,1% para 7,1% o índice de reajuste sobre os salários e para 7,5% sobre o piso salarial. Pelo esforço dos trabalhadores e pelo tamanho dos lucros das instituições financeiras (mais de R$ 59 bilhões nos últimos 12 meses), ainda é pouco.
“Bancário e bancária, nossa greve chega a um momento decisivo, onde cada trabalhador que adere ao movimento e cada unidade fechada faz a diferença. Precisamos manter nossa união e mobilização para pressionar os bancos a conceder um reajuste à nossa altura. Vem pra luta”, afirmou o secretário de Comunicação e Divulgação do Sindicato, Jeferson Meira.
Por nova proposta, bancários param sedes dos bancos
Apoiados pelo Sindicato, os bancários e bancárias em greve há 20 dias, completados nesta terça-feira (8), paralisaram todas as atividades dos prédios administrativos dos bancos no Setor Bancário Sul na sexta-feira (4), 16º dia da paralisação. Com atividades culturais e de mobilização organizados pelo Sindicato, bancários que estavam nos comitês de esclarecimento convenceram mais trabalhadores a participarem da greve e reforçarem a luta.
Já na segunda-feira (7), 19º dia de greve, os trabalhadores realizaram grande ato nos edifícios Matriz I, II e Filial da Caixa contra a proposta de 7,1%. Mobilizados, os bancários paralisaram todas as atividades dos prédios administrativos da Caixa para cobrar uma nova proposta da Fenaban.
“Continuaremos de braços cruzados até que os bancos reconheçam o nosso valor. Uma nova proposta, compatível com nossa dedicação, depende do tamanho da nossa greve. Por isso, quanto maior a nossa mobilizaçᆪo, maior será a nossa conquista”, destacou o diretor do Sindicato, José Herculano (Bala).
O Sindicato orienta que os bancários continuem participando e reforçando os comitês de esclarecimento. Eles são essenciais para que a greve, que é legítima e prevista na Constituição Federal, permaneça forte.
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília