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8 de Outubro de 2013 às 16:03

08/10/2013 - "Culpa da greve é totalmente dos bancos", afirma Seeb/Rondônia


(Porto Velho-RO) - Mais de 11.200 agências e centros administrativos fechados (até ontem), 20 dias de paralisação e um número recorde de funcionários de braços cruzados. Estes são apenas alguns números que comprovam que a greve nacional dos bancários 2013 já é a maior e mais forte dos últimos 20 anos, segundo confirmação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Contraf-CUT.

Em Rondônia são 106 agências fechadas desde o dia 19 de setembro, quando foi deflagrada a greve, e mais trabalhadores saem das agências a cada dia para aderir ao movimento e mostrar o descontentamento com o descaso dos bancos, que depois de um mês de silêncio, apresentou uma provocativa proposta de apenas 7,1% de reajuste salarial, o que não chega sequer a 1% de ganho real.

Inconformados com a proposta, bancários votaram pela continuidade da greve e, enquanto a federação dos bancos (Fenaban) não quebrar o silêncio e apresentar uma proposta mais justa e condizente com a realidade do ramo econômico que mais lucra no país, a paralisação continua por tempo indeterminado.

O presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), José Pinheiro, volta a destacar que a culpa da greve é totalmente dos bancos, que mesmo obtendo lucros sucessivos e que são os maiores do planeta nos últimos anos, ainda assim se recusam a valorizar quem realmente é o responsável pela rentabilidade destas instituições, o trabalhador bancário.

“Continuamos aberto a novas negociações e desejamos muito o fim da greve, pois isso atinge a todos, de uma forma ou de outra. No entanto, não vamos abrir mão da luta por melhores salários e melhores condições de trabalho, muito menos das questões como segurança, fim do assédio moral, das metas abusivas e por condições de melhor atendimento à população, por meio de mais contratações e abertura de mais agências”, avaliou o sindicalista.

AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

* Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

* PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

* Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

* Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proᆳbe as dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

* Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

* Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 

Fonte: Seeb/rondônia - Rondineli Gonzales com informações Contraf


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