08/09/2014 - Seja na capital ou no interior do Pará, Banco do Brasil pede socorro
Belém PA - Em duas recentes visitas do Sindicato às agências do Banco do Brasil em Marituba, Região Metropolitana de Belém, e também a Cametá, nordeste paraense; os dirigentes sindicais constataram as semelhanças entre as duas unidades mesmo as duas estando distantes uma da outra.
O principal problema nas duas agências é a superlotação, consequência do reduzido quadro de funcionários. A superlotação também provoca a extrapolação da jornada de trabalho diária, o adoecimento e afastamento da maioria dos bancários, que além da doença são xingados por alguns clientes devido a demora no atendimento.
“Infelizmente muitos clientes e usuários culpam o bancário, mas o trabalhador não tem absolutamente nada a ver. É impossível apenas um caixa, como é o caso do BB de Marituba, atender dezenas de funcionários em um curto espaço de tempo. A respectiva unidade é responsável pela folha de pagamento dos servidores do município, que quase todo ano muda devido os recorrentes problemas na justiça com os prefeitos que assumem o cargo”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Fábio Gian.
Na última visita dos dirigentes sindicais a agência, eram quase 19h e havia dezenas de clientes que aguardavam atendimento, a maioria funcionários da prefeitura que não possuem cartão e queriam sacar seus salários.
“O Banco do Brasil de Marituba, uma agência nível 3, é a única desse porte do Estado que conta com apenas um caixa em sua dotação, num total de 9 funcionários, sendo que a unidade possui em torno de quinze mil contas, e o município, uma população superior a cem mil pessoas. Ou seja, o banco não vem acompanhando como deveria o crescimento da cidade. Infelizmente esse problema não é novidade para a superintendência do Banco do Brasil, pois já denunciamos o caso no ano passado e de lá pra cá nada mudou, pelo contrário, só piorou”, afirma o diretor do Sindicato e também funcionário do BB, Gilmar Santos.
Cametá – Já no Banco do Brasil de Cametá, a superlotação é tanta que foi difícil os dirigentes sindicais conseguirem entrar na agência para conversar com os bancários e bancárias.
Só após muito esforço e entre um atendimento e outro, foi que os diretores Márcio Saldanha, Saulo Araújo, Érica Fabíola e Tânia Barbosa, que também é funcionária do BB, puderam ouvir os trabalhadores e através de fotos registraram a situação caótica da unidade.
“Eram cerca de 300 pessoas no autoatendimento e apenas um caixa eletrônico funcionando, enquanto isso do lado de fora, mais de 500 pessoas aguardavam para entrar na agência. Um verdadeiro sufoco principalmente para os bancários e bancárias de um banco que carrega a marca de bom pra todos, mas na verdade é bom pra quem?”, questiona Tânia Barbosa.
Além disso, a principal porta de acesso ao local é feita de tapume há pelo menos um mês, segundo os clientes; o que coloca ainda mais em risco a segurança do funcionalismo, correntistas e usuários.
Soluções – O Sindicato encaminhou dois novos ofícios à superintendência do BB relatando os novos problemas em Cametá e os velhos em Marituba, mas até agora não foi dada nenhuma resposta à entidade sindical.