Brasília - Infelizmente, o aparelhamento político do BRB provoca mais uma descontinuidade na gestão da tecnologia do banco. Nesta quinta-feira (7), o diretor da área Sidnei Yokoyama, cuja ida para o banco, segundo se comentou na imprensa e também entre diversos funcionários da instituição financeira, foi uma indicação estritamente política, foi demitido, demonstrando mais uma vez o quão nociva é esta prática para cargos de direção do banco.
Pesou contra o referido ex-diretor denúncias de compras de produtos para a TI, e tentativa de realização de contratações emergenciais fora dos padrões da boa prática, que não prezavam pelo respeito à coisa pública, consolidando o que o Sindicato dos Bancários de Brasília tem constantemente apontado: a ingerência política na indicação de ocupantes de cargos de alto escalão no banco, cujo efeito é o que acaba de acontecer.
Importante salientar que o desfecho desta história decorreu, fundamentalmente, em função de uma união dos gestores da área de TI do banco, bem como de todo seu corpo de funcionários, com apoio decisivo do Sindicato dos Bancários de Brasília, que vinham repetidamente apontando os mal feitos de Sidnei, que atentava contra este patrimônio do povo de Brasília, que é o BRB. Os gestores da TI cogitaram, inclusive, colocar os cargos à disposição, caso não se tomasse uma atitude enérgica que freasse o ímpeto do ex-diretor.
“Este caso demonstra o exemplo de união do setor em busca do melhor para o BRB, e consequentemente para sua clientela. Uma atitude correta do Conselho Diretor em evitar que a situação se agravasse, com a permanência de Sidnei na informática do BRB”, ressalta o diretor do Sindicato, Ronaldo Lustosa, que também é bancário do BRB.
Para o movimento sindical, a atitude foi importante, mas é necessário também dar consequências, apurando eventuais mal feitos cometidos, bem como aplicando ou fazendo aplicar as punições cabíveis e o ressarcimento de eventuais prejuízos. Também aproveitamos para lembrar ao mesmo Conselho Diretor e ao Conselho de Administração do banco a cobrança pelo resultado das auditorias iniciadas há 7 meses para apuração de graves disfunções na área que atingiram o público e que até hoje permanecem sem responsabilização.
O Sindicato espera que haja um maior cuidado na indicação de outro diretor para a área. E que sua escolha se dê em função de sua capacidade e compromisso com o banco, especialmente com a preservação deste patrimônio da sociedade do DF.
Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação