Brasília - Encerram-se nesta semana as inscrições para candidaturas para as eleições da Regius, o fundo de pensão dos funcionários do BRB. Os candidatos concorrerão a cargos nos conselhos deliberativo e fiscal e para duas diretorias.
O Sindicato dos Bancários de Brasília, conforme vem divulgando, está acompanhando o processo, e mais uma vez chama a atenção de todos os participantes dos planos BD 01, CD 02 e CV 03 para os concorrentes que, em breve, pedirão seu voto, e, como de costume, sempre prometendo o melhor, que será seu representante na fundação, entre outras coisas.
O Sindicato tem clareza de que nem sempre aqueles que pedem o seu voto e se elegem honram o compromisso assumido com você, participante. Já tivemos exemplos de eleitos que abandonaram o cargo para assumir compromissos com o patrocinador, o BRB. Já tivemos exemplos de eleitos que votaram exatamente como determinou o patrocinador BRB porque era mais vantajoso para o banco. Já tivemos eleitos que assumiram cargos por indicação do patrocinador BRB e, exercendo estes cargos, fizeram operações que causaram prejuízos aos participantes, por exemplo.
Os participantes precisam de eleitos que realmente os representem e que não se dobrem à vontade do patrocinador ou do governo, pois o patrimônio da Regius gera cobiça, uma vez que hoje supera a casa de R$ 1,6 bilhão de reais. Ocorre que este patrimônio tem dono, o participante, e o banco, assim como o governo, às vezes o trata como se fosse sua propriedade.
Certamente todas as candidaturas dirão que são as melhores e as mais preparadas. Uma pergunta que deve ser feita é: preparadas e melhores para quê? O Sindicato defenderá candidaturas que, com certeza, têm e terão uma trajetória de defesa dos interesses dos participantes.
“Consideramos o preparo técnico um diferencial, uma necessidade. Porém, mais do que preparo técnico, os eleitos têm que ter preparo ético e, fundamentalmente, independência dos patrocinadores e compromisso efetivo e demonstrado com os participantes ao longo de sua trajetória no banco. O BRB já indica dois diretores, três conselheiros deliberativos e dois conselheiros fiscais. Os eleitos têm de ser representantes dos participantes, e não subservientes a serviço dos desejos do patrão”, diz Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.
Alteração das regras no meio do jogo causa estranheza
A Regius, em todas as campanhas eleitorais passadas, disponibilizou, mediante pagamento dos interessados, as etiquetas com endereços dos participantes para que os candidatos pudessem enviar material de campanha. Ou seja, sem nenhum custo para a Regius. Neste ano, a comissão eleitoral manteve a regra para o processo, que foi aprovada pelo Conselho Deliberativo.
Lamentavelmente, contudo, o mesmo Conselho Deliberativo voltou atrás em sua decisão e revogou esta possibilidade. Tal fato causa estranheza ao Sindicato, pois a que se destina o impedimento de se ter acesso aos endereços dos participantes? Será que está sendo urdido algo anormal, que possa atentar contra a lisura do processo? É óbvio que há diversas pessoas que têm acesso a estes endereços, e esta postura de impedimento poderá contribuir para jogar sombra sobre o processo eleitoral, na medida em que, sorrateiramente, alguém poderá ter acesso a eles. “Cobramos do Conselho Deliberativo que reveja sua decisão. Temos de preservar o pleito e fazê-lo da forma mais transparente possível. Não se pode permitir que qualquer decisão ofusque o processo, e coloque suspeição sobre os eleitos”, finaliza Eustáquio.
Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação