Crédito: Seeb São Paulo
Funcionários de bancos privados aprovam proposta da Fenaban em São Paulo
São Paulo - A maioria das assembleias dos sindicatos aprovaram as últimas propostas da Fenaban e as específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, arrancadas com a força da greve nacional dos bancários no quarto dia de paralisação na última sexta-feira (3). Além de aprovarem as propostas dos bancos, os bancários encerraram a greve e voltaram ao trabalho nesta terça-feira (7).
Esse é quadro que aparece na análise do levantamento feito pela Contraf-CUT com base nas informações enviadas pelos sindicatos e federações até as 13h desta terça-feira. Muitas assembleias foram realizadas na noite de segunda-feira (6), enquanto outras ocorreram na manhã desta terça-feira.
Em algumas assembleias, as propostas do BB foram rejeitadas e haverá novas assembleias nesta terça-feira, como em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima. A mesma situação ocorreu com as propostas da Caixa, que também foram rejeitadas em algumas assembleias, como em Florianópolis, Bahia, Amapá e Roraima.
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Por avanços nas negociações específicas, a greve continua no Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O movimento segue igualmente no Banco da Amazônia, que já marcou nova rodada de negociação nesta terça-feira, em Belém. Ainda segue a greve no Banrisul, que retoma as negociações nesta terça, em Porto Alegre.
Aumento real pelo 11º ano consecutivo
A proposta da Fenaban reajusta os salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%), o piso salarial em 9% (2,49% acima da inflação) . Com isso, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% nos pisos desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação.
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Já o vale-refeição sobe 12,2%, o que representa 5,5% de aumento real. Assim, somados vale-refeição (R$ 26 ao dia ou R$ 572 ao mês) e vale-alimentação (R$ 431,16 ao mês) atingem um ganho mensal de R$ 1.003 para cada bancário e bancária.
Além disso, a proposta traz avanços não econômicos, como mecanismos de combate às metas abusivas e ao assédio moral, que deverão contribuir na luta contra o adoecimento e o afastamento de bancários.
Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, "em mais uma grande demonstração de sua força, baseada na unidade nacional e na capacidade de mobilização, os bancários conquistaram com mais uma greve aumento real pelo 11º ano consecutivo, além de avanços importantes em relação às condições de trabalho, principalmente no combate às metas abusivas e ao assédio moral".
Fonte: Contraf-CUT