BRB não avança na proposta e frustra bancários
(Brasília) - Assim como ocorreu na sexta-feira, na rodada de negociação desta segunda-feira (7) com Sindicato dos Bancários de Brasília, o BRB se limitou a dizer que seguirá a Fenaban (Federação dos Bancos) em relação ao índice, e não apresentou nada de novo para a pauta específica.
O Seeb/Brasília destacou alguns pontos específicos, para os quais a resposta foi:
• Licença-prêmio: o banco afirmou que nem discutirá o assunto.
• Valorização do piso: o banco seguirá a Fenaban
• Dias parados: o banco simplesmente se calou.
O único dado positivo da negociação foi a disposição do banco em discutir questões relacionadas a saúde do trabalhador e melhorias quanto ao combate ao assédio moral.
Diante das negativas, o Sindicato voltou a reiterar a importância de o banco atentar para a pauta específica, especialmente para itens como valorização do piso; licença prêmio; flexibilização do VR; comissão para rediscutir pontos do PCCR, particularmente o encarreiramento; resolução da situação dos ex-auxiliares administrativos; elevação do piso dos analistas de TI; e equiparação da AG de auxiliar de autoatendimento com a de atendente de ouvidoria.
Para o Sindicato, a indisposição do banco em negociar seriamente uma proposta que encerre a greve frustrou as expectativas dos bancários. Mais uma vez o Sindicato reitera que a atual diretoria do BRB, capitaneada por Paulo Evangelista, se cristaliza no imaginário do conjunto dos funcionários como uma gestão que não negocia seriamente, que ignora os anseios dos funcionários, confirmando a impressão de que estão tentando implantar no BRB uma lógica e uma cultura importada do Banco do Brasil, e absolutamente rejeitada naquela instituição.
Embora a negociação desta segunda-feira não tenha sido frutífera, o banco reafirmou a disposição de continuar discutindo. Por sua vez, o Sindicato afirmou sua disposição de negociar sempre, mas ponderou que uma nova negociação só ocorra quando a instituição tiver algo para apresentar.
Estiveram presentes à negociação o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo; os diretores Cida Sousa, Cristiano Severo e Eustáquio Ribeiro; o diretor da Federação Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) André Nepomuceno; e a diretora do Sindicato e da Contraf-CUT Fabiana Uehara.
Funcionários têm que reagir
A greve no BRB está chegando a um ponto crucial. Neste momento os funcionários precisam estar mais unidos e mais fortes para resistir a esta postura intransigente da diretoria do banco. Os trabalhadores em greve devem se manter firmes na luta. Aqueles que ainda não aderiram reflitam sobre a necessidade de reforçar o movimento, mostrando à diretoria do BRB que ela deve respeitar a cultura própria da instituição, inclusive a de que o banco dialoga e não foge à responsabilidade de apresentar proposta decente aos funcionários.
Diversos comissionados têm afirmado sobre a necessidade de este segmento paralisar suas atividades, deixando nas dependências apenas o gerente-geral. O Sindicato também chama os comissionados para que deem esta demonstração de insatisfação e de força, e se unam ao conjunto dos funcionários que estão parados, aderindo à greve, deixando claro o repúdio a este comportamento da direção do BRB.
Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação