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7 de Agosto de 2014 às 09:42

07/08/2014 - Bancos recuam e se comprometem a detalhar os dados sobre adoecimento


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Brasília - Aconteceu na segunda-feira (21) mais uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) Bipartite para Análise de Causas de Afastamento no Trabalho entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, em São Paulo. 

O GT está previsto na cláusula 61ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), foi conquista da Campanha Nacional de 2013 e o seu objetivo é discutir o alto índice de adoecimento e as causas de afastamento do trabalho na categoria bancária.

“Apontamos problemas sobre os dados fornecidos pela Fenaban e solicitamos esclarecimentos sobre a metodologia que foi utilizada para a organização dos dados”, afirmou a secretária de Saúde e Condições de Trabalho da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Marlene Dias, que integra o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador.

Os bancos se comprometeram a dar informações detalhadas sobre afastamentos que geraram benefícios previdenciários, tanto de acidentes do trabalho como por problemas de saúde, que possibilitam fazer uma radiografia do que vem ocorrendo com a saúde dos bancários.

"Nós analisamos e detectamos que os dados apresentados são insuficientes, propusemos ampliar a base de informações e a estratificação, para que se cumpra o previsto na cláusula 61ª da Convenção Coletiva de Trabalho. Também propusemos que os dados não fossem apresentados em formato de planilha, mas sim de banco de dados" afirmou Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

A Fenaban concordou em melhorar as informações repassadas à Contraf-CUT e uma nova reunião acontecerá entre os representantes dos trabalhadores e dos empregadores.

"Avançamos nessa reunião, pois para nós é muito importante ter acesso efetivo aos dados. Já sabemos de antemão, com as informações de que dispomos, que tem aumentado os casos de afastamentos motivados por transtornos mentais e LER/Dort nos últimos anos. Nossa preocupação é ter informações detalhadas que nos apontem para a efetiva dimensão do problema e que o GT nos possibilite avançar e propor políticas que caminhem no sentido da prevenção dos adoecimentos e afastamentos e da saúde em todos os ambientes de trabalho", destaca Walcir. 
Combate ao assédio moral

Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reuniu na quinta-feira (24), com a Fenaban, em São Paulo, para fazer a avaliação do instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, prevista para ser realizada a cada seis meses, conforme determina a cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Participou também o Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador.

A Fenaban fez uma apresentação dos dados do programa no 1º semestre de 2014, seguido de um debate sobre os principais pontos a serem modificados para que esse instrumento, que é conquista dos bancários, possa efetivamente servir para transformar os ambientes de trabalho.

"Vamos analisar todas as informações apresentadas. Nós queremos fortalecer esse importante instrumento para que possa ser mais utilizado pelos bancários que sofrem assédio moral", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "A intenção dos dirigentes sindicais é acabar com o assédio moral e a violência organizacional", ressalta.
 
"Queremos também aprimorar esse instrumento, que julgamos importantíssimo para melhorar as condições de trabalho. Estamos insatisfeitos com as respostas padronizadas que os bancos vêm dando às denúncias encaminhadas, com a informalidade com que alguns deles vêm tratando ao se limitarem a dar respostas por telefone aos sindicatos. Também reivindicamos canais efetivos de recebimento das denúncias por escrito", destaca Walcir Previtale, secretário de Saúde de Trabalhador da Contraf-CUT.

Os bancários também insistiram que o atual prazo de 45 dias para resposta dos bancos às denúncias seja cumprido com rigor, o que não vem acontecendo e prejudicando a efetivação do instrumento para coibir e prevenir o assédio moral.

"Esperamos avançar nos debates para apontar mecanismos de solução dos problemas que apresentamos", completa Walcir.

Os dados apresentados pela Fenaban agora serão repassados à Contraf-CUT para que seja feita uma avaliação mais detalhada. Também ficou decidido que nos próximos dias será marcada uma nova reunião de trabalho.

Fonte: Seeb/Brasília - Da Redação, com informações da Contraf-CUT 

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