Belém PA - O Sindicato dos Bancários do Pará manifesta seu apoio e solidariedade à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da rede pública de ensino no Pará, que completa duas semanas e já atinge mais de 100 municípios em todo o Estado.
A intransigência do governo Jatene (PSDB) e a falta de compromisso para com o cumprimento das pautas da educação são os principais entraves encontrados pela categoria durante as mesas de negociação com a Secretaria de Educação do Pará.
A categoria pede o valor do piso nacional (R$ 1.917,00), atualmente o que é pago pelo governo PSDB corresponde a menos de mil e seiscentos reais (R$ 1.597,00), além dos retroativos referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março.
Na pauta de reivindicação dos trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede pública estadual também está o cumprimento do Acordo de greve firmado em juízo; Eleições diretas para direção de escolas; Pagamento do retroativo da mudança do percentual de hora atividade de 2014, dentre outros;
Uma luta dos profissionais da educação pública no Pará, que é comum à categoria bancária, é por mais segurança. Inclusive, o inspetor da Escola Estadual Príncipe da Paz foi assassinado em março desse ano, dentro do seu local de trabalho por um aluno da instituição.
A insegurança impera no Pará, dentro e fora das escolas. Nós, trabalhadores e trabalhadoras nas instituições bancᄀrias que atuam no estado também sofremos cotidianamente com a insegurança que a cada ano só faz crescer e com a omissão do Governo Jatene. Inclusive, em 2014 o Pará registrou o maior número de assaltos a bancos dos últimos 5 anos, com 54 ocorrências (33 assaltos e 21 tentativas).
Outra prova da insegurança bancária no Pará ocorreu no último dia 30 de março, quando um funcionário do Posto de Atendimento Bancário do Banpará, que funciona dentro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), foi vítima do crime conhecido como sapatinho. Ele, a sogra e a esposa, grávida de 7 meses, ficaram sob a mira de um revolver por mais de 10h, até que o assalto fosse consumado. Em janeiro do ano passado, outro bancário do PAB Banpará Seduc também foi vítima do mesmo crime, ou seja, nesse ano o filme voltou a se repetir e o governo Jatene nada faz para melhorar a segurança nem mesmo dentro dos órgãos de governo.
Nesse sentido, o Sindicato dos Bancários do Pará, que é filiado à CUT, declara publicamente sua solidariedade de classe à categoria dos trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede pública do nosso estado e apoio à greve, pois entendemos que ela é legítima, representativa e necessária para luta em defesa de uma educação pública de qualidade.
Parabéns pela luta e ousadia! Estamos juntos com vocês para que a greve seja vitoriosa!
Sindicato dos Bancários do Pará