Brasília - Nesta sexta-feira (3), quarto dia da greve nacional dos bancários, o movimento continua forte e crescente em todo o país. No Distrito Federal não é diferente. Com o apoio do Sindicato, a categoria reforçou a mobilização na Asa Norte para demonstrar a insatisfação com as condições de trabalho. E isso está incomodando os bancos. Tanto que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rompeu o silêncio e sinalizou que está disposta a conversar, ao chamar uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira (3), às 17h, em São Paulo.
O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNB também chamaram novas rodadas de negociações específicas para esta sexta (3), às 18h. As reuniões do Comando com o BB e a Caixa serão em São Paulo, e com o BNB será em Recife.
Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, essa nova negociação demonstra que os bancos estão preocupados com o andamento do movimento paredista. “Sempre defendemos que a greve é o mais poderoso instrumento que os trabalhadores possuem para conquistar e defender seus direitos”, afirmou, acrescentando que a expectativa para o encontro de hoje (3) é positiva. “Esperamos que os bancos avancem e apresentem propostas que contemplem as reivindicações dos bancários”.
Negativas
Em resposta aos seguidos “nãos” dos banqueiros nas rodadas de negociações, os bancárias e bancários de todo o país iniciaram a greve no dia 30 de setembro. Foram 30 dias de espera, em vão, por uma proposta à altura dos esforços dos trabalhadores das instituições financeiras. Diante das constantes negativas para as reivindicações da categoria, não restou alternativa senão aprovar a greve por tempo indeterminado.
Este é o 11º ano consecutivo em que os trabalhadores estão sendo levados à greve pelos bancos. “Sempre apostamos no diálogo, mas os banqueiros resistem em negociar com a categoria. Por isso, temos de optar pela greve”, conclui Eduardo Araújo.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília