Crédito: ARIS MESSINIS (AFP)
Manifestação a favor do 'não', nesta sexta, em Atenas.
O Comitê Executivo da Uni Américas expressou em nota, na última quarta-feira (1), durante a 17ª Reunião do Comitê Executivo Regional de UNI Américas, em Bueno Aires, na Argentina, sua mais firme solidariedade com o povo e o governo da Grécia, "asfixiado pela política econômica da troika da União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, cujas medidas de austeridade têm causado uma profunda miséria". A Grécia decidiu não pagar a dívida com o FMI. No domingo (5), um plebiscito decidirá se o país deve ou não aprovar o acordo com credores internacionais.
"O capitalismo selvagem que leva adiante a União Europeia, conduzido pela troika, é incompatível com a democracia, o respeito aos direitos humanos e aos direitos mais básicos dos trabalhadores e trabalhadoras", segundo a declaração. "Nas Américas, sofremos a política de ajuste estrutural do FMI. Nos referimos a este período como a 'década perdida': os ajustes estruturais não criaram crescimento econômico, mas sim causaram perda massiva de empregos, deterioração da infra-estrutura, a volatilidade financeira e enfraquecimento das democracias que construímos com tanto esforço".
Para a UNI Americas, as promessas nunca foram cumpridas. "Hoje estamos escandalizados porque estão impondo as mesmas receitas econômicas falidas ao povo grego. A UNI Américas repudia a política de desestabilização da democracia grega levada adiante pela União Europeia e os grupos financeiros e chama os trabalhadores e trabalhadoras do mundo e as forças democráticas a se colocarem ao lado do direito e da autodeterminação soberana do povo grego, que se expressará no plebiscito do próximo domingo", finaliza.
Dirigentes da Contraf-CUT participaram da 17ª reunião do Comitê Executivo Regional da UNI Américas. O presidente da confederação, Roberto von der Osten, a secretária da Mulher, Elaine Cutis, e o secretário de Relações Internacionais, Mario Raia - como suplente -, fazem parte do Comitê Executivo, composto por 42 dirigentes de entidades sindicais de diversos países das Américas, como Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Paraguai, Peru, Colômbia, Trinidad Tobago, Bahamas, Jamaica, República Dominicana, Nicarágua, Costa Rica, México, Estados Unidos, Canadá e Suíça. O grupo foi eleito na 4ª Conferência regional da UNI Américas, realizada em dezembro de 2012, em Montevidéu, no Uruguai.
Fonte: Contraf-CUT