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6 de Março de 2015 às 08:46

06/03/2015 - Polícia Federal multa empresas de segurança em R$ 1,329 milhão


Crédito: Guina Ferraz - Contraf-CUT
Punições foram aplicadas na 104ª reunião da CCASP, em Brasília

A Polícia Federal (PF) multou nesta quarta-feira (4) empresas de segurança privada, de transporte de valores, orgânicas e cursos de formação em R$ 1,329 milhão por descumprirem a lei federal nº 7.102/83, além das portarias da PF que regem o setor. O valor das penalidades foi apurado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). 

Também receberam multas 20 bancos, somando R$ 8,717 milhões. As penalidades foram aplicadas durante a 104ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), realizada em Brasília.

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Foram julgados 1.335 processos, sendo 820 contra bancos e 515 contra empresas, cursos de formação e orgânicas, movidos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp). Duas empresas foram tiveram o alvará de funcionamento cancelado, bem como um curso de formação e uma empresa de transporte de valores.

Durante a CCASP ficou comprovado que a Transexpert, empresa de transporte de valores, utilizava o serviço de Policiais Militares (PM) para realizar este serviço em carros comuns e sem qualquer proteção. Nessa situação, dois PMs foram assassinados durante um assalto quando transportavam R$ 2 milhões. A titular da Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada, delegada Silvana Helena Vieira Borges, avaliou como "imoral" a ação da empresa. "Para tudo tem limite", sentenciou.

A farra no transporte de valores não parou por aí. Foram julgados 12 processos contra o Itaú, que contratou a empresa Protege que utilizava motoboys para transportar ilegalmente valores acima de 7.000 UFIR, afrontando a legislação, colocando em risco a vida de trabalhadores e substituindo a mão-de-obra especializada dos vigilantes.

Bancos brincam com a vida das pessoas

O secretário-geral da CNTV, Cláudio José, registrou a preocupação da entidade em relação à falta de compromisso dos bancos com a segurança dos clientes e funcionários. Várias agências bancárias foram multadas por realizarem atendimento ao público durante a greve dos vigilantes, descumprindo a lei nº 7.102/83.

Ele cobrou ainda mais rigidez na fiscalização da PF e aumento no valor das multas. "Se o banco entender que sem vigilante pode abrir a agência sem ser punido devidamente, vai abrir margem para que daqui a pouco nem tenha mais vigilante na instituição. É preciso punir com valores maiores", avaliou Cláudio, representante da CNTV na CCASP.


Fonte: Contraf-CUT com CNTV

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