Embora seja um dos principais alvos da Lava Jato, por ter arrecadado recursos oficiais para o Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, que está preso de forma preventiva em Curitiba, não enriqueceu no cargo; levantamento patrimonial feito pela Receita Federal só encontrou R$ 385.059,88 em bens do ex-tesoureiro do PT, que responde por corrupção e lavagem de dinheiro; procurador Carlos Fernandes Santos Lima sustentou em coletiva no dia da prisão de Vaccari que o executivo Augusto Mendonça fez depósito à Editora Gráfica Atitude a mando do petista para encobrir propina ao partido; PT nega qualquer orientação e diz que "nenhuma prova foi apresentada" quanto à participação do ex-tesoureiro
Por Brasil247
247 – Um levantamento da Receita Federal sobre os bens de João Vaccari Neto conclui que o ex-tesoureiro do PT não enriqueceu no cargo. Vaccari é um dos principais alvos da Operação Lava Jato por ter arrecadado recursos oficiais para o partido.
A Receita encontrou apenas R$ 385.059,88 em bens de Vaccari, que está preso preventivamente em Curitiba. O PT sustenta que todas as doações são legais e foram declaradas à Justiça Eleitoral.
A informação sobre o levantamento é do colunista Lauro Jardim. De acordo com ele, um novo levantamento está sendo feito neste momento pela Receita sobre os bens de Giselda Rousie Lima, esposa de Vaccari.
Vaccari responde no âmbito da Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi preso com base na acusação de que orientou o executivo Augusto Mendonça, do grupo Setal Óleo e Gás, a fazer depósito na conta da Editora Gráfica Atitude para encobrir propina ao partido.
De acordo com o PT, Vaccari não orientou o delator Augusto Mendonça a realizar o depósito. "Nenhuma prova foi apresentada quanto à participação do Sr. Vaccari, que nega, veementemente, ter orientado o delator Augusto Mendonça a fazer qualquer depósito, a qualquer título, na conta dessa Editora Gráfica Atitude", diz nota do Partido dos Trabalhadores (leia aqui).
A cunhada de João Vaccari, Marice Corrêa de Lima, chegou a ser presa temporariamente acusada de realizar depósitos na conta bancária da irmã e esposa de Vaccari, Giselda. O dinheiro seria pagamento de propina da empreiteira OAS, de acordo com os investigadores. Ela foi confundida com a irmã, porém, nos vídeos das câmeras de segurança do banco Itaú e solta dias depois pelo juiz Sérgio Moro, que comanda a Lava Jato. Leia mais em Após lambança, Moro solta cunhada de Vaccari.