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4 de Março de 2015 às 23:00

05/03/2015 - Contraf-CUT propõe para Fenaban fazer debates abertos sobre igualdade


São Paulo - A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram nesta terça-feira (3) com a Fenaban, em São Paulo, para retomar a mesa temática de Igualdade de Oportunidades. Na primeira reunião de 2015, as entidades fizeram um balanço sobre as demandas da categoria nos 14 anos de atuação da mesa temática e propuseram uma nova dinâmica para refletir os temas de igualdade.

A proposta da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores(as) com Deficiência (CGROS) é promover debates com a participação de representantes do movimento sindical, da Fenaban, intelectuais e especialistas, sendo o primeiro sobre Gênero e Raça e o segundo sobre LGBT e Pessoas com Deficiência (PCD). As datas sugeridas foram 11 de maio e 27 de julho, respectivamente.

"A Fenaban ficou de avaliar a proposta e dar um retorno até o dia 27 de março. O propósito da CGROS é avançar nos debates para que esses temas possam transitar na mesa geral de negociação com os bancos e virem a ser convencionados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2015, garantindo assim direitos para segmentos discriminados", explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Andrea Vasconcelos.

Reivindicações

A reunião com a Fenaban também discutiu as principais reivindicações sobre Igualdade de Oportunidades, as quais constam na minuta da categoria bancária:

- licença paternidade de 180 dias;

- reservas de 20% das vagas para negros(as);

- liberação para a manutenção de órteses e próteses para trabalhadores(as) com deficiência;

- valorização do I Censo de Diversidade;

- valorização do II Censo, mesmo com ausência de dados e do plano de ação é um instrumento importante para corrigir as distorções no setor;

- PCS transparente e participativo.

"Solicitamos que no espaço da mesa temática sejam disponibilizados os planos de cargos e salários, com vista a construir instrumentos democráticos de ascensão nos bancos, conforme já havia sido pautado na mesa geral da Campanha Nacional. A Fenaban garantiu que todos (as) bancários(as) conhecem e têm acesso ao PSC. Contudo, os sindicalistas disseram que as informações não batem porque, ao abordarem os trabalhadores(as) nos locais de trabalho, o retorno é que não conhecem o plano e quais as exigências técnicas para construírem a sua trajetória laboral", ressalta Andrea.

Diante dos problemas relatados pelos dirigentes sindicais, a Fenaban ficou de averiguar e dar um retorno. "O principal desafio referente ao tema ᄅ sair do plano das relações subjetivas e pessoais como critério de promoções e ascensão profissional", avalia a diretora da Contraf-CUT.

Assédio sexual

As discussões sobre igualdade de oportunidades na Campanha Nacional 2014 envolveram o combate ao assédio sexual. Após a mobilização da categoria, os bancos assumiram o compromisso de realizar uma campanha junto aos funcionários e às funcionárias para enfrentar o problema.

O assunto foi retomado com a Fenaban, e a CGROS enfatizou a necessidade de definir as bases da campanha com ações conjuntas com os bancos, passando pela sensibilização dos bancários (as), promoção de palestras no locais de trabalho, debates e mensagens pela intranet e publicações.

Durante a reunião, a Contraf-CUT também questionou a ausência dos bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil) no encontro.

"A Fenaban ficou de averiguar as motivações para o não comparecimento deles num espaço tão importante, que visa amadurecer debates e ampliar direitos rumo à equidade no setor. A mesa temática completa 14 anos de trabalho e, portanto, é preciso avaliar o último período e apontar caminhos para o próximo ciclo", finaliza Andrea. 


Fonte: Contraf-CUT

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