(Brasília) - Para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta com aumento real e avanços em itens considerados prioritários, como o fim do assédio moral e das metas abusivas, os bancários e bancárias do Distrito Federal realizam, nesta sexta-feira (4), grande ato público na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul (SBS).
Em greve desde 19 de setembro, a categoria cobra da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) – entidade que representa o setor mais lucrativo da economia brasileira – reconhecimento pelo esforço dos trabalhadores, que contribuíram para o lucro de mais de R$ 59 bilhões das instituições financeiras em apenas 12 meses.
Vaias para o Itaú Unibanco
Em assembleia realizada na Praça do Cebolão nesta quinta, os dirigentes sindicais puxaram vaias para alguns gestores do Itaú Unibanco que estão ameaçando os bancários em greve. Desesperados com a força do movimento, os ‘chefes’ chamam a Polícia Militar para os trabalhadores que estão participando dos comitês de esclarecimento, que têm a função de dialogar com a categoria sobre a importância da greve, que é um direito legítimo garantido pela Constituição Federal.
Sindicato cobra posicionamento da Fenaban, do BB, da Caixa e do BRB
Durante reunião do Comando Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo nesta quinta-feira (3), para avaliar as duas primeiras semanas de paralisação, o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, que integra o grupo, afirmou: "E não é somente a Fenaban que tem que se manifestar. Cobramos da direção do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BRB que também se pronunciem sobre as propostas específicas de cada banco".
A única proposta apresentada pelos bancos até agora, no dia 5 de setembro, há quase um mês, estabelece reajuste de 6,1%, que apenas repõe a inflação do período pelo INPC e ignora as demais reivindicações econômicas e sociais. A proposta foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas em todo o país no dia 12.