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4 de Outubro de 2013 às 13:49

04/10/2013 - Gerente do Santander promove prática antissindical e coage grevistas em Porto Velho


(Porto Velho-RO) - O direito à greve para todos os trabalhadores, sejam eles de empresas públicas ou privadas, garantido na Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, a Lei de Greve, vem sendo afrontado sem o menor pudor em todos os cantos do Brasil no momento em que a greve dos bancários chega ao seu 16º dia. E em Rondônia não é diferente, já que alguns gestores continuam recebendo ordens de combater o movimento e, sobretudo, usar de intimidação para dobrar os grevistas.

Um bom exemplo aconteceu na manhã desta sexta-feira, 4/10, na agência Centro do Santander, em Porto Velho. O gerente geral da unidade simplesmente quis realizar uma reunião com os funcionários que estavam em greve para tentar coagi-los a desistir e voltar ao trabalho. No entanto, no momento em que iniciava essa clara tentativa de prática antissindical o diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), Cleiton dos Santos, apareceu e impediu o ato criminoso contra os direitos dos trabalhadores.

“É uma conduta inaceitável por parte desse gestor, que já havia sido denunciado pelas mesmas práticas anteriormente. Ou seja, aquela agência já era objeto de apuração de denúncias de assédio moral. Ele já está se aposentando e eu mesmo alertei que ele não fizesse isso, pois às vésperas de sua saída, poderia sair com a carreira manchada. Ainda assim ignorou nossa sugestão e insistiu na prática ilegal, inclusive nos desafiando a acionar a polícia para impedi-lo. O Sindicato não admite essa postura de tirania, e a partir de evidências em fotos e vídeos, vai buscar providências junto aos órgãos responsáveis, a exemplo do Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego”, contou Cleiton.

O presidente do SEEB-RO, José Pinheiro, explica que a partir da deflagração de greve o contrato de trabalho fica automaticamente suspenso entre funcionário e chefes, portanto, um gestor não pode falar com os grevistas, muito menos ligar, mandar SMS ou e-mails requerendo reuniões.

“Esse tipo de iniciativa fere a Lei de Greve e não vamos aceitar condutas desse tipo, nem deste gestor – que já é conhecido da categoria por sua conduta pelega e de perseguição aos colegas – e nem de qualquer outro”, disse Pinheiro.

Fonte: Seeb/Rondônia - Rondineli Gonzalez


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