Brasília - Em ofícios enviados nesta segunda-feira (4) aos presidentes da Funcef, Carlos Caser, e do Conselho Deliberativo da Fundação, Joaquim Lima, a Fenae requereu que seja revertido o impedimento de que a Comunicação da Federação e a Subseção do Dieese acompanhem as reuniões do CD. A decisão arbitrária foi tomada na última quarta-feira (29), motivada pelo “incômodo” do conselheiro deliberativo eleito Herbert Otto Homolka.

No texto, a Fenae argumenta que sua área de comunicação acompanha as reuniões do Conselho há quase 20 anos, “sempre com ética e responsabilidade”, com o objetivo de “manter informados os participantes”. E ainda que “sobretudo neste momento em que se discute dﾩficit e contribuições extraordinárias, o que tem causado preocupação, descontentamento e desconfiança, informação é uma ferramenta indispensável”.

O presidente da Federação, Jair Pedro Ferreira, critica o impedimento à jornalista, ao fotógrafo e ao assessor econômico da entidade. “Essa medida é uma falta de respeito com os donos do fundo de pensão, que são os participantes. Que transparência é essa defendida por esses conselheiros? O que tanto incomoda o conselheiro Otto? São perguntas para as quais todos nós queremos respostas”, afirma.

Os textos lembram ainda que as notícias veiculadas pela Fenae e por outras entidades do movimento sindical e associativo nunca causaram danos à imagem da Funcef. E que os profissionais que cobrem as reuniões do Conselho Deliberativo assinam termo de confidencialidade, a fim de que dados e informações sigilosos sejam preservados.