Cuiabá MT - Como acontece há quase 30 anos, este 1º de maio, Dia internacional do Trabalho  não foi diferente para os movimentos sociais, sindicais e religiosos, se reuniram  na 27ª Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.

 A 27ª Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras com o tema “Direitos conquistados jamais devem ser tirados e sim ampliados”, percorreu  as ruas do Bairro Cristo Rei em Várzea Grande. Foi uma longa caminhada, com muito sol, muita música, animação  e denúncias da Praça do Cristo Rei até Paróquia Nossa Senhora das Graças, localizada no Parque do Lago.

A Romaria deste ano incorporou temas que mexem com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras como: as alterações das Medidas Provisórias 664 e 665, o Projeto de Lei 4330, PL da Terceirização, Democratização da Mídia e a Reforma Política.

 O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT)  presente carregando uma faixa contra a terceirização e denunciando os altos juros do sistema financeiro, a rotatividade, a falta de investimento em segurança, a precarização das condições de trabalho e principalmente o adoecimento da categoria bancária.

De acordo com o presidente do SEEB/MT, José Maria Guerra,  este primeiro de maio ganhou um significado diferente para os trabalhadores brasileiro. “O trabalhador  está na rua, não para comemorar o Dia Internacional do Trabalho, desta vez, estamos nas ruas para repudiar, protestar contra a retirada de direitos que o PL  4330, o PL da Terceirização, que caso seja aprovado no Congresso, irá reduzir os trabalhadores à escravos. Estamos na rua para dizer Não à Terceirização, Não à retirada de Direitos e SIM a ampliação dos direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras”, afirma. 

O presidente da CUT/MT e bancário, João Luiz Dourado, também fez fala repudiando o PL 4330 e leu o manifesto do 1º de Maio, encaminhado pela CUT NACIONAL para ser lido em todas as atividades neste 1º de maio.  

Manifesto do 1º de Maio de 2015

Prosseguir na luta em defesa

dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras

e da democracia

Dia Nacional de Paralisação em 29 de maio

Neste 1º de Maio – Dia Internacional de luta da Classe Trabalhadora – organizações sindicais e movimentos populares do campo e da cidade, realizamos atos unitários em todo o país em defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, da democracia, pela democratização da comunicação, em defesa da Petrobras e da reforma política, reafirmando a continuidade de nossa luta:

Em defesa dos direitos, contra o ajuste fiscal neoliberal:

Não ao Projeto de Lei (PL) 4330, que retira direitos de todos/as os/as trabalhadores/as ao permitir a terceirização sem limites; mobilização permanente contra a Medida Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e contra a MP 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Somos contra a política de ajuste fiscal neoliberal que penaliza o/a trabalhador/a, que gera desemprego e recessão. Defendemos a taxação das grandes fortunas, como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso País.

Em defesa da democracia: 

Nossa luta também é pela defesa da democracia, contra a onda golpista manipulada pela grande mídia. Nossa luta é contra qualquer retrocesso para a classe trabalhadora, para as juventudes, para as mulheres, para os negros e negras e demais setores explorados e oprimidos da nação brasileira. Aprofundar a democracia é avanﾧar nas reformas populares, agrária, urbana, tributária e política.

Pela democratização da comunicação:

A luta por direitos e pela consolidação da democracia brasileira pressupõe liberdade de expressão, pressupõe a comunicação como um direito de todos e todas. Defendemos uma nova legislação, com o fim do monopólio e liberdade de expressão não apenas para os donos dos meios de comunicação e, sim, para toda a população. A verdade da elite não é a nossa verdade. A pauta que interessa a elite não é a pauta da classe trabalhadora, que estamos levando para as ruas e que é ignorada pela maioria da grande mídia. 

Corrupção se combate com o fim do financiamento empresarial de campanha:

Corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanha. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a seguir os interesses das empresas que financiam as campanhas dos candidatos e dos partidos, e não os interesses do povo brasileiro.

Em defesa da Petrobras e do Pré-sal, patrimônios do povo:  

Os ataques à Petrobras por parte do empresariado internacional e seus representantes no Brasil, contam com o apoio da grande imprensa e têm o objetivo de enfraquecer esse patrimônio brasileiro para que possam privatizá-lo e, assim, os recursos do Pré-Sal, que deveriam ser destinados à saúde e educação, iriam para a iniciativa privada, aumentando ainda mais os lucros dos patrões.

Jornada de Lutas

Nossa jornada unitária de lutas prossegue com a convocação, neste 1º de Maio, do Dia Nacional de Paralisação, em 29 de maio, em defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as e rumo à Greve Geral.

O dia 29 de maio será um dia de mobilização em todo o país contra o PL 4330 – que agora vai ao Senado – pela retirada das MPs 664 e 665, pelo fim do Fator Previdenciário, que constituem a pauta imediata de defesa dos direitos da classe trabalhadora hoje ameaçados. Ele se combina com a atividade permanente de pressão sobre parlamentares e governos na defesa intransigente de nossos direitos, que devem ser ampliados, jamais reduzidos.

Nos comprometemos com a continuidade do combate por uma reforma política democrática, com o fim do financiamento empresarial de campanhas e pelo conjunto das reformas populares. Só por meio de uma ampla e unitária mobilização poderemos avançar na construção de uma nação livre e democrática.

Todos e todas ao Dia Nacional de Paralisação de 29 de maio

Em defesa dos direitos dos trabalhadores