Segundo Sérgio Takemoto, empregados, entidades representativas da categoria e sociedade já se manifestaram contrários à abertura de capital do banco. Para ele, está claro que a proposta só interessa aos bancos privados, incomodados com o crescimento da Caixa
Brasília - Sergio Takemoto, diretor executivo da Fenae, participou na noite desta segunda-feira (3) do Jornal da Record News. Na entrevista concedida ao âncora Heródoto Barbeiro, ele defendeu a manutenção da Caixa Econômica Federal 100% Pública e lembrou que essa é a posição dos trabalhadores e das entidades do movimento sindical e associativo. “Os empregados se colocaram frontalmente contrários a essa intenção do governo de abrir o capital da Caixa. Entendemos que isso será um grande prejuízo para a população brasileira”, afirmou.
A fim de destacar a importância da Caixa para o país, Takemoto citou dados como o do crédito habitacional. Hoje, o banco é responsável por 70% dos recursos disponibilizados, e 35% do total são destinados ao Minha Casa Minha Vida, que beneficia a população mais carente. “Todos os programas sociais passam pela Caixa. Em 2008, na crise econômica mundo, ela foi o instrumento que baixou a taxa de juros e concedeu empréstimos. Em um banco que tem que dar satisfação para os acionistas, o lucro vai vir em primeiro lugar”, acrescentou.
Sergio Takemoto informou ainda que a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) está articulando a criação de uma Frente Parlamentar em defesa do banco 100% público. E que a Fenae, a Contraf/CUT e as principais centrais sindicais aguardam a audiência com a presidenta Dilma Rousseff, solicitada no final do ano passado. Para ele, está claro a quem interessa a abertura de capital: “a Caixa, detendo toda essa fatia do mercado, incomoda muito os bancos privados”.
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Fonte: Agência Fenae