Brasília - O lucro líquido do Itaú chegou a R$ 15,696 bilhões em 2013, um aumento de 15,46% em relação ao ano anterior. Além disso, a inadimplência no banco foi a menor dos últimos cinco anos. Esses ótimos resultados, porém, não voltam para os bancários em forma de valorização dos funcionários e retorno financeiro.
O alto lucro do Itaú, maior banco privado do país, foi conquistado às custas de muito trabalho e estresse dos funcionários, com a cobrança excessiva para o cumprimento de metas cada vez maiores. O Sindicato dos bancários de Brasília - Seeb/Brasília recebeu diversas denúncias de bancários afastados por motivo de saúde devido à sobrecarga de trabalho.
Outro problema latente dentro do banco são as constantes demissões. O banco também utiliza o artifício de demitir funcionários com mais tempo de banco e salários maiores para colocar no lugar novos bancários por um salário menor.
“Queremos mais contratações urgentemente porque os bancários não podem continuar expostos a uma rotina de tanto desgaste no trabalho. Está mais do que provado que o Itaú pode atender as reivindicações dos trabalhadores e valorizar seu corpo funcional”, destaca Louraci Morais, diretora do Seeb/Brasília e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.
Mais lucro e menos inadimplência
Apenas no último trimestre, o banco somou R$ 4,646 bilhões, aumento de 33,05% sobre igual período de 2012.
O Itaú também conseguiu reduzir a inadimplência (acima de 90 dias) para 3,7%, o menor nível desde a fusão com o Unibanco, em novembro de 2008. Em doze meses, a redução foi de 1,1 ponto percentual.
Desconsiderando a carteira da Credicard, comprada pelo banco em dezembro do ano passado, a taxa teria sido de 3,6%, diz o banco em relatório.
A melhora na inadimplência ajudou o Itaú a reduzir as despesas de provisões para calotes, que caíram 27,0% entre outubro e dezembro do ano passado na comparação com o quarto trimestre de 2012, totalizando R$ 4,191 bilhões.
No acumulado de 2013, as provisões foram de R$ 18,579 bilhões, 23,3% menores que os R$ 24,210 bilhões de 2012.
No crédito, o banco teve, em 2013, expansão de 13,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 483,397 bilhões. O crescimento ficou acima do esperado pelo Itaú (entre 8% e 11%). A cifra também é 5,9% maior que o resultado visto no terceiro trimestre (R$ 456,561 bilhões).
Da Redação, com informações da Folha de São Paulo