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3 de Dezembro de 2014 às 12:38

03/12/2014 - CUT/MS emite nota de repúdio contra atentado a lideranças Terenas


Sobre tiros disparados contra indígenas da etnia terena, na região de Taunay/Ypege, em Aquidauana

Escrito por: CUT Mato Grosso do Sul

Vimos através desta nota, repudiar a ação violenta realizada na manhã desta sexta-feira (28), por jagunços armados que estavam em seis caminhonetes e dispararam tiros contra lideranças indígenas da etnia terena, na terra indígena Taunay/Ipegue, no município de Aquidauana, que fica à 181 Km da capital.

Esta região é alvo de um longo processo de demarcação de terras indígenas já em fase final de conclusão, pois falta apenas a homologação do governo federal, para a devolução dessa terra indígena aos irmãos indígenas.

Lideranças terenas nos informaram que os jagunços seriam contratados por fazendeiros da área ainda conhecida como Fazenda Maria do Carmo. Segundo os indígenas, eles foram alvejados nesta manhã, naquela região, por jagunços encapuzados. Relatos também indicam que desde ontem (27) à noite, estes jagunços estavam rondando os terenas nestas caminhonetes.

A CUT-MS é totalmente contra essas ações violentas organizada por fazendeiros do Estado de Mato Grosso do Sul, que vitimaram centenas de lideranças indígenas nos últimos trinta anos. Somos radicalmente contra a presença de uma máquina miliciana e violenta que foi alvo até de leilão, para seu financiamento.

Repudiamos veementemente este tipo de situação. A violência institucional ou privada, que vem ocorrendo há décadas quando dos conflitos com indígenas é um absurdo, um atentado à nossa democracia.

Externamos aqui a nossa solidariedade ao povo terena em luta pelas suas terras ancestrais. Exigimos que as autoridades de governo, justiça e polícias busquem garantir um caminho de paz para a resolução deste conflito, sem violência de qualquer espécie. Não queremos ver mais, em nenhuma hipótese em solo sul-mato-grossense, tragédias como se abateram no conflito da terra Buriti em Sidrolândia (MS), onde o guerreiro Oziel Gabriel, de 36 anos de idade, foi morto no ano passado.

 

Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul (CUT-MS)


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