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3 de Outubro de 2014 às 12:26

03/10/2014 - Greve em Rondônia chega ao quarto dia com 99 agências fechadas


Porto Velho RO - A greve nacional dos bancários chegou ao seu quarto dia nesta sexta-feira, 3/10, com 99 agências fechadas em Rondônia, número que confirma a força do movimento. São quatro agências a mais do que ontem, quinta-feira, quando 95 unidades (das 130 existentes no Estado) encontravam-se sem atendimento ao público.

Em Porto Velho, das 34 agências, apenas as duas do Banco da Amazônia continuam abertas, já que os funcionários não foram para a greve.

Ontem, quinta-feira, as paralisações atingiram 9.379 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo o país. Foram 1.706 novas unidades que aderiram à greve em relação à quarta-feira, um crescimento de 22,2%. Desde o primeiro dia da greve, a paralisação cresceu 42,7%.

Os números são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados pelos 134 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.

Essa forte adesão dos trabalhadores ao movimento forçou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a requerer uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários ainda para esta tarde, às 17 horas (horário de Brasília), em São Paulo, no hotel Macksoud Plaza. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNB também convocaram novas rodadas de negociações das reivindicações específicas para esta sexta-feira, às 18 horas (Brasília).

“É a força da greve, que só foi possível com a participação efetiva destes guerreiros que estão na luta dia após dia, de braços cruzados em frente às agências. Esperamos que os bancos apresentem uma proposta mais decente mas, além disso, não podemos aceitar que somente os índices econômicos darão um fim à greve, pois queremos ainda a proteção ao emprego, mais contratações, mais segurança, a garantia do pagamento da PLR Social e o fim do assédio moral e das metas desumanas”, destacou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

Os bancários decidiram entrar em greve após assembleia geral que rejeitou a proposta apresentada pela Fenaban, no sábado (27), elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação).

 

As principais reivindicações dos bancários

 

* Reajuste salarial de 12,5%.

* PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

* 14º salário.

* Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês (salário mínimo nacional).

* Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

* Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

* Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

* Fim das metas abusivas.

* Combate ao assédio moral.

* Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

* Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

* Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

* Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

* Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: SEEB/Rondônia - Rondineli Gonzalez 


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